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"Poetas Poesia II" Homenagem a: |
Tomas Tranströmer Premio Nobel de Literatura 2011 A Revista Pandora Brasil oferece uma tradução para o português do poema Ensamhet (Solidão) de Tomas Tranströmer feita a partir da tradução feita do sueco para o espanhol por Sergio Badilla Castillo. SOLIDÃO Tomas Tranströmer Aqui estive na beira da morte uma noite de fevereiro. O carro patinou de custado no chão escorregadio foram o lado errado do caminho. Os carros que vinham -seus faróis – aproximaram-se demasiado. Meu nome, minhas filhas, meu trabalho se desarticularam e ficaram em silêncio atrás, cada vez mais distante. Eu era anônimo como um menino no pátio de recreio rodeado de inimigos. O transito em direção contrária tinha imensas luzes. Alumiaram-me enquanto eu manobrava e manobrava num temor transparente que boiava como clara de ovo. Os segundos aumentaram – tive lugar ali -se fizeram tão imensos como predios de hospital. Quase podia-se ficar e respirar por um tempo antes de ser esmagado. Depois surgiu um socorro: um grão de areia salvador ou uma rajada de vento. O auto foi e se arrastou rapidamente através do caminho. Um poste foi chocado e se quebrou - um retumbo agudo – Voou na escuridão. Até que se acalmou. Fiquei sentado em sossego e ví como alguém veio através da tempestade de neve para ver que tinha sido de mim. II Vaguei longo tempo pelos campos congelados da Gotlandia do Leste. Nenhum indivíduo tem estado à vista. Em outras partes do mundo há alguns que nascem, vivem, morrem num constante gentio. Estar sempre visível – vivo ante um enxame de olhos – deve dar uma expressão facial determinada. A cara coberta de barro. O murmúrio sobe e baixa enquanto se repartem entre eles o céu, as sombras, os grãos de areia. Tenho que estar só dez minutos pela manhã e dez minutos pela tarde. - Sem programação. (Traduzido do espanhol por Jorge Luis Gutiérrez a partir da tradução feita do sueco para o espanhol por Sergio Badilla Castillo.) |
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