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Revista Pandora Brasil
Edição especial Nº 3
ISSN 2175-3318

O CONCEITO DE “AGORA” EM ARISTÓTELES
Tradução dos capítulos 10 e 11 do IV livro da Física de Aristóteles e estudo do conceito de “agora” contido nestes dois capítulos
Daniel Valente Pedroso De Siqueira

Apresentação

O presente trabalho procura demonstrar os preâmbulos da pesquisa empreendida sobre a filosofia aristotélica da natureza, com o ensejo de abordar o conceito de “agora” contido no décimo e décimo primeiro capítulos do IV livro da Física de Aristóteles, para a posterior compreensão e definição do mesmo. O “agora” é tratado, por hipótese, como parte constituinte do tempo, possuindo uma translação dupla, sendo que é por meio dele que é possível entabular um estudo que almeja compreender os aspectos físicos do tempo. A identidade e alteridade do “agora”, assim como a dupla função por ele desempenhada no âmbito temporal, são temáticas apontadas e discutidas na pesquisa efetuada. Procura-se, também, demonstrar como a percepção do tempo se dá através do “agora” e, concomitantemente, discute-se a relação do “agora” com os tempos anteriores e posteriores, além de questionar sua natureza, assim como sua constituição e a necessidade de identificação do “agora”, para que se torne possível a compreensão do transcorrer do tempo. A questão acerca da correlação do estudo do tempo e do estudo do movimento, bem como a definição aristotélica do movente temporal, decorrida da mudança entre os momentos anteriores e posteriores do tempo, são retomadas intentando-se esclarecer e distinguir o “agora” como o delimitador do tempo, o qual possibilita o reconhecimento do tempo de uma maneira inteligível.

Deste modo, a pesquisa empreendida tenciona descrever e apresentar como é possível entabular um estudo do tempo (enquanto totalidade) partindo-se de uma particularidade (no presente caso, o “agora”). Para tanto, faz-se necessário a investigação acerca da formação e constituição do “agora”, o que remete a implicação deste estudo, que procura possibilitar a compreensão da filosofia aristotélica da natureza e remeter a futuras pesquisas que visam o entendimento do corpus aristotelicus. A pesquisa constitui-se por uma abordagem teórica, tendo em vista a análise do texto aristotélico em sua versão original grega, o que resultou em uma tradução que, por sua vez, possibilitou a análise semântica e conceitual do tratado teorético sobre a filosofia da natureza de Aristóteles, contido nos capítulos supracitados.


Daniel Valente Pedroso De Siqueira
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