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Revista Pandora Brasil
Nº 50 Janeiro de 2013
ISSN 2175-3318

"O eterno e o sublime”

Apresentação

Para Voltaire a sublime é uma beleza nobre, elevada, a beleza da grandeza, não é aquilo a que se chama espírito, mas sim o sublime e o simples que fazem a verdadeira beleza. O sublime é a elevação. O sublime é aquilo que pode produzir a mais forte emoção que o espírito é capaz de sentir (Burke).

Para Kant o belo é caracterizado por seu caráter finito, o sublime pela idéia do infinito. É a beleza da grandeza.

A antiguidade conheceu duas importantes obras sobre a estética. A poética de Aristóteles (Περὶ Ποιητικῆς) e o tratado Sobre o Sublime (Περὶ Ὕψους, “Das alturas”) de autoria do Pseudo-Longino.

Nesta última obra o sublime é definido como o que induz aos sentimentos e às reflexões mais altas sobre uma obra. O sublime é para ele o eco da grandeza do espírito, é a impressão durável, o afeito inefável, as paixões inspiradas.

O eterno é o que é sempre igual, o que nunca muda. É o permanente e estável. O que permanece por trás das mudanças. O eterno era procurado na antiguidade, para contrapor-lho a um mundo no qual nada permanece. Não vivemos o mesmo momento duas vezes, constatavam os primeiros filósofos. O passar do tempo tem algo de irreversível. Mostrando sua melancolia trágica nas obras filosóficas e literárias que trataram do tema. O jovem Aristóteles escrevia sobre isto no seu Protréptico: “Só o filósofo, efetivamente, vive com os olhos voltados para a natureza e para o divino e, a exemplo de um bom timoneiro que se orienta pelas estrelas, é só depois de arrimar os princípios de sua vida nas realidades eternas e fixas que ele se lança e vive por si mesmo.” E na Física afirmava que “Os entes eternos, porquanto eternos, não estão no tempo: não são abarcados pelo tempo nem por ele são medidos; o sinal disso é que eles não sofrem a ação do tempo, não estando no tempo.”

Mas, embora a reflexão e análise destas palavras começasse na antiguidade, elas tem sido tema freqüente na literatura, filosofia, teologia, arte e outras manifestações da atividade humana, de aquela época até os dias atuais.

Assim, Para o filósofo contemporâneo nosso, André Comte-Sponville , “o sublime é a sensação, no espírito humano, daquilo que o supera, natureza ou gênio, e o arrebata.”

A Revista Pandora unirá estas duas palavras em sua edição Nº 50. Edição que poderíamos chamar “de ouro” em alusão ao número 50. Temos certeza que o resultado será surpreendente.

Boa leitura!

Prof. Dr. Jorge Luis Gutiérrez

Coordenador da Edição nº 50
Contato: jorgelrg@uol.com.br



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