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Revista Pandora Brasil
Nº 30 - Maio de 2011
ISSN 2175-3318

“O jovem, a saúde e a cidade”

Apresentação

A adolescência como fase do desenvolvimento humano, consolida-se como fonte de interesse e preocupação histórica e científica a partir do século XIX, no entanto como fenômeno psíquico é universal e atemporal. A compreensão de que a mudança do corpo desencadeada pela maturação orgânica, é assimilada com angústia pelo ser humano contribuiu para que a adolescência passasse a ser percebida como uma fase importante do crescimento em direção à vida adulta e as experimentações das novas maneiras de utilização da inteligência, das expressões afetivas e sociais nas diferentes culturas e através dos tempos tornou-se campo rico de observação e de investigação na medicina, na educação, no direito e na psicologia.

O adolescente das metrópoles, além da turbulência interna que mistura o passado ainda tão marcante da infância e as incertezas ameaçadoras quanto ao futuro, também se depara com um conjunto de informações e de estímulos que o invadem no plano simbólico, real e virtual. Convive ao mesmo tempo com pobreza e riqueza, sucesso e violência, opulência e fome. Saúde, adoecimento, delinqüência e drogadição. Convive com seus potenciais e sonhos dentro da dura realidade de inserção no mercado de trabalho e assim se esforça para crescer e fazer parte do mundo adulto de sua cidade.

A família, a escola, os aparelhos de saúde da sociedade se movimentam em sua direção no sentido de mantê-lo dentro de um princípio de realidade nem sempre prazeroso, coerente ou tido com fonte de referência. Quem é o jovem que habita a cidade e quais as maneiras utilizadas por ele a fim de transformá-la de um espaço de trânsito em um lugar de convivência? Quais lugares visíveis e invisíveis esta parcela da população vem ocupando? Onde se mostram e onde se escondem os grupos de adolescentes e os adolescentes solitários?

De acordo com dados do CODEPPS da Secretaria Municipal de Saúde. A população infantil e jovem representa, do nascimento até os 19 anos de idade, cerca de 3.465.102, o que corresponde a aproximadamente 32,5% da população da cidade de São Paulo. Destes 32,5% , 15.5% são adolescentes de 10 a 19 anos (Fonte: TabNet População, CEinfo, 2005).

Quais os ritos de passagem a sociedade urbana vem oferecendo ao jovem para que ele se insira na vida adulta? Em sua recém adquirida forma de pensar apoiada na lógica e abstração como esta parcela da população vem reproduzindo e criando seus valores éticos dentro das comunidades que habita?

O adolescente da contemporaneidade torna-se mais do que um assunto mas um foco envolvente de preocupações que se distribui nos temas apresentados neste número da Revista Pandora Brasil. Berenice Carpigiani

Boa leitura!

Profª. Drª. Berenice Carpigiani
Coordenadora do Nº 30
Revista Pandora Brasil

Contato:
bcarpigiani@hotmail.com font



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