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A AULA DOS MEUS SONHOS

Marlúcia Beserro dos Santos

Sabemos que não foi, não é e nem será fácil o desafio de um sistema educacioinal que dê chance as idéias e aos ideais de uma educação que possa acalentar o desejo de inclusão em todos os planos e de felicidade plena. Nem tanto pela corrupção que assola nosso país, mas pela impunidade que considero o maior de todos os problemas, pois corrupção existe em todo o mundo.

Apesar de não termos uma educação de base bem estruturada, não podemos nos acovardar e dizer que não se pode fazer nada. Devemos sim nos mirarmos em educadores comprometidos como Paulo Freire por exemplo, que iniciou sua experiência como educador em Angicos (RN) em 1962 onde alfabetizou 300 trabalhadores rurais em 45 dias. Se ele, sem nenhuma estrutura conseguiu alfabetizar adultos em tão pouco tempo, nós também conseguiremos passar para nossos alunos a idéia de que somos seres humanos banhados de cultura e essa cultura é que deverá ser criticada, pois ao mesmo tempo em que ela poderá ser nosso trampolim na construção do homem será também nossa mordaça na medida em que ela nos limita através da repressão.

É necessário que provoquemos nossos alunos a fim de que não se deixem corromper de forma tão violenta, pois filosofar é exercer exatamente esta crítica a cultura de forma ampla e irrestrita.

Enquanto professores, precisamos instigar esta “disposição” em nossos alunos e não nos esquecermos nunca de que precisamos estar sempre abertos, pois ser educador exige muito mais que profissionalismo, exige doação, troca, amor, gostar, sedução e acima de tudo, entender que não existirá crescimento sem o outro.

“O sonho encheu a noite, extravasou pro meu dia, encheu minha vida e é dele que eu vou viver, porque sonho não morre” – Adélia Prado.

Pois é professor, de sonho também se vive, porque como disse Adélia, sonho não morre.



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