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REFLEXÃO: HÁ UM SENTIDO PARA A NOSSA VIDA?

João Feliciano Filho

Novamente estamos reunidos para mais um dia de aula. Mas antes de iniciar a aula, recordaremos um pouco o que conversamos na aula passada.

Há um sentido para a nossa vida?

Será que mudamos ou é a vida que toma um outro rumo para o nosso bem?

Esse nosso convívio, o encontro de pessoas novas, o relacionamento da classe, essa troca, o aprendizado um com o outro, já estavam programado ou tudo isso é apenas o acaso?

O que é melhor para o nosso Ser, dar toda atenção seguir aquele que tem experiência intelectual ou aquele que tem experiência de vida.

Os nossos pensamentos malignos são nossos mesmos?

Sabemos que matar um outro ser humano, que não seja em estado de guerra é errado, porque então desejamos a morte do outro?

Ou será que aqui ninguém desejou que alguém morresse, quando se encontrava em estado de ira.

Quem somos afinal, o que estamos fazendo aqui? Porque o ser humano está sempre buscando algo, é uma busca eterna.

Quem de vocês conheceu alguém que já morreu? Todos vocês, eu também; pois bem e porque ninguém admite ou gosta de conversar sobre a morte? Teme este assunto mesmo sem conhecer o que é a morte; ninguém sabe se é o maior dos males para o homem. Como dizia Sócrates “a ignorância mais condenável, é supor saber o que não sabe”.

Portanto temer a morte é supor-se sábio quem não o é.

E Deus? Ele existe? O que vocês acham? Ao longo da história da humanidade, crer na existência de Deus sempre esteve na preocupação do ser pensante. E foi no campo da Metafísica que cada filósofo apresentou o seu conceito sobre a Divindade. Veremos argumentações do que é Deus para Aristóteles.

Aristóteles parte do movimento observado na natureza, para buscar, identificar a causa. Ele diz: “tudo o que ocorre, ocorre a partir de algo, que é mister que todo o movimento se mova a partir de algo”.Que não há movimento sem causa, o que ocorre, ocorre por algo, e refere-se assim a noção de substância. Ser substância significa ser princípio das modificações.

Portanto fica a pergunta: Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?

O universo existe, ele tem, portanto uma causa, duvidar da existência de Deus, seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa. Com essa análise, podemos compreender baseado no pensamento de Aristóteles que Deus, é inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, é Uno, Eterno, Imóvel, Imaterial, Infinitamente ou Soberanamente Bom e Justo, Onipotente e Onipresente.

O principio que move esse movimento é imóvel e eterno.

O papel do filósofo é refletir e fazer outras pessoas refletirem também, pois quando, refletimos buscamos a verdade, que é a justiça. A reflexão é o bem maior, pois no bem maior encontramos a verdade, na verdade a justiça, na justiça o bem, no bem uma perfeição, na perfeição o próprio Deus, pois Deus não é a verdade, sim é a própria verdade, Deus não é perfeito, ele é a própria perfeição.

A vida sem reflexão, sem busca por uma verdade, não vale a pena ser vivida.

O ser humano precisa perguntar porque não sabe e precisa saber, saber o que é o mundo em que se encontra, no qual deve viver.

Para viver em equilíbrio, precisamos de respostas e para obter respostas devemos sempre perguntar.

Portanto alunos questionem tudo, e todas as coisas, mas questione hoje, porque o amanhã não existe, nos sempre estaremos vivendo em um eterno presente.

“Quem ensinasse os homens a morrer, os ensinaria a viver”.
(Montaigne)




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