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A NOÇAO DA DISSOLUÇÃO DO SUJEITO EM NIETZSCHE

Ângela Zamora

Mestra em Filosofia (PUCSP). Professora da Universidade Mackenzie.



Resumo: Este artigo, já apresentado, na revista Mackenzie – Educação, Arte e Cultura, n. 3, pretende demonstrar como Nietzsche se desvincula da tradição meta-física, especialmente, a partir da filosofia cartesiana, no que se refere á concepção de sujeito. br>


Sob este titulo, procuraremos demonstrar como o projeto genealógico despedaça a noção de eu (sujeito), enquanto autoconsciência e unidade, tecida pela metafísica.Ora, é com este pronome que o homem designa a si mesmo, subjetividade e se distingue dos demais. A genealogia, ligada aos princípios de avaliação dos valores e à sua consequente hierarquia, demarca os tipos de homens. Todavia, não se trata de encontrar um tipo num indivíduo - os "tipos" estão por vezes confusos, misturados, "enrolados" um ao outro - dentro até mesmo do homem. Ou seja, há uma coexistência de vontades, impulsos totalmente contrários e que podem ser incorporados no mesmo homem. Isto significa que tal interpretação do eu, para Nietzsche, é um engano, uma falácia.


A NOÇÃO FILOSÓFICA DO SUJEITO

"O século V, o de Péricles é a época das luzes na Grécia. No seio das desordens e das violências, institui-se uma nova ordem onde o homem calculador se desejava independente, comedido, belo e virtuoso, em seu justo lugar entre os deuses e o animal." [1](1).

Neste momento da história ocidental dá-se o fenômeno socrático-platônico que tem por fundamento uma teoria do ser tanto para a alma cognoscente quanto para a realidade conhecida. Atribui-se ao homem um eu, oculto em seu interior que é cativo do corpo, alicerce para a interpretação metafísica da existência.

A partir do fenômeno socrático-platônico consolidam-se na civilização ocidental, profundas cisões que refletem um dualismo em todas as instâncias: o homem passa a ser encarado com um ser dividido em duas partes distintas - há um eu (alma) que é eterno e imperecível, causa do pensamento, e um corpo povoado de instintos enganadores dos quais se deve desconfiar e ser comedido na satisfação de seus caprichos; o mundo também é dividido em dois - o mundo "verdadeiro" é o supra-terreno e o mundo "aparente" da realidade sensível. A Terra passa a ser o lugar de expiação e de aprendizagem, via ascetismo.

"Ora, essa crença em um outro mundo, transcendente ao nosso, esse dualismo constitui o traço essencial e fundamental de nossa cultura. É a oposição entre este mundo e o além, que cada um traduz em sua linguagem, o religioso falando do sagrado e do profano, de existência terrestre e de vida sobrenatural, o filósofo falando do sensível e da idéia, do fenômeno e do número, do aparecer e do ser, o psicólogo, seguido pelo moralista, opondo alma e corpo." [2]


A teoria das quatro causas de Aristóteles, em especial a noção de causa eficiente, relaciona o eu a um sujeito causador da ação, portador de predicados. Com a incorporação dos princípios da lógica à história da cultura ocidental, a noção de eu como causador da ação vai sendo construída e consolidada, a ponto de associarem-se indissoluvelmente a noção de eu ao pensamento e, por conseguinte, à racionalidade. Destarte, o conhecimento se dá pelas regras lógicas do pensamento, subjugando a vida à racionalidade. O homem crê na razão, menosprezando todas as outras formas de interpretação para a vida.

Com Descartes, a noção de sujeito começa com o estabelecimento do caráter metódico da dúvida, isto é, ele pretende encontrar algo de firme e seguro ou então saber que não há nada neste mundo de certo. Ao supor que todas as coisas são falsas, ou tem a menor chance de o serem, Descartes percebe que o eu é quem é capaz de produzir todas as coisas como: as noções de corpo, lugar, sentido, figura, extensão, movimento. Etc. O eu é o substrato, a causa do conhecimento, pois “ (...) Não haverá algum Deus, ou alguma potência, que me ponha no espírito tais pensamentos? Isso não é necessário; pois talvez seja eu capaz de produzi-los por mim mesmo. Eu então, pelo menos, não serei alguma coisa?” [3] Em outras palavras, ainda que exista um gênio maligno que emprega toda a sua industria para enganá-lo, de modo que o conteúdo do seu pensamento pode até ser falso, mas o pensar é verdadeiro. Logo, tem-se a noção de que o sujeito é pensamento e pensamento lógico.

Para a filosofia cartesiana, o sujeito é atributo indispensável ao conhecimento, pois é o eu que vê a coisa, que julga e estabelece o critério de verdade. A verdade está no juízo e não nos olhos, como se pode verificar na Segunda Meditação: “ (...) se por acaso não olhasse pela janela homens que passam pela rua, à vista dos quais não deixo de dizer que vejo homens da mesma maneira que digo que vejo a cera; e, entretanto, que vejo desta janela, senão chapéus e casacos que podem cobrir espectros ou homens fictícios que se movem apenas por molas? Mas julgo que são homens verdadeiros e assim compreendo, somente pelo poder de julgar que reside em meu espírito, aquilo que acreditava ver com meus olhos”.[4]

Ora, o eu assume um caráter formal, enquanto unidade e identidade. Neste sentido, o eu sempre permanecerá o mesmo ainda que mudem as opiniões, idéias e impressões que se tenha a respeito da vida. Hume, já atenta que esta pretensa unidade não se dá de modo rigoroso, visto que o eu é produto de certas relações constantes entre as partes ou de seus momentos diferentes. Hume percebe os limites deste eu e os perigos a que está submetido nas experiências.


OS ENGANOS DA NOÇÃO DE SUJEITO

Esta noção de eu - como identidade, unidade e causa do pensamento é derrubada pela genealogia:

"Lá onde a alma pretende se unificar, lá onde o Eu inventa para si uma identidade ou uma coerência, o genealogista parte em busca do começo - dos começos inumeráveis que deixam esta suspeita de cor, esta marca quase apagada que não saberia enganar um olho, por pouco histórico que seja; a análise da proveniência permite dissociar o Eu e fazer pulular nos lugares e recantos sua síntese vazia, mil acontecimentos agora perdidos." [5]


A noção de sujeito tecida pela filosofia, se deve, em parte a um "erro gramatical " pelo qual sujeito e predicado enfatizam o eu como causador da ação: a linguagem acabou impondo ao homem, devido às funções gramaticais, a idéia de um sujeito causador da ação, conforme explicita Nietzsche em Para Além de Bem e Mal :

"O curioso ar de família de todo o filosofar indiano, grego e alemão tem uma explicação muito simples. Onde há parentesco linguistico é inevitável que, graças a comum filosofia da gramática - quero dizer, graças ao domínio e direção inconsciente das mesmas funções gramaticais - , tudo esteja predisposto para uma evolução e uma sequência similares dos sistemas filosóficos: do mesmo modo que o caminho parece interditado a certas possibilidades outras de interpretação do mundo". [6]


Assim, ao eleger apenas uma interpretação de mundo, como a única e inquestionável, a metafísica impôs ao homem uma ordem, um sistema tal de modo que as mais diversas interpretações filosóficas sejam submetidas a um “feitiço invisível” – elas são impelidas a se suceder numa determinada ordem.

“Em sua maior parte, o pensamento consciente de um filósofo é secretamente guiado e colocado em certas trilhas pelos seus instintos. Por trás de toda lógica e de sua aparente soberania de movimentos existem valorações, ou falando mais claramente, exigências fisiológicas para a preservação de uma determinada espécie de vida” [7]


Seria superficial pensar que as críticas realizadas por Nietzsche até agora se restringissem às malhas da gramática, aos hábitos da linguagem, o que está por baixo disto, é a ótica da vida. Ele sente a ingente necessidade de encontrar um “critério que possa servir de base suficiente (...) sem que tal critério possa, no entanto, transformar-se em objeto de avaliação por intermédio de um outro no qual aquele pudesse ser subsumido” [8]

O único critério que se impõe sem sofrer uma nova avaliação é a vida, posto que seu valor é inapreciável. Todos os valores são decorrência de uma avaliação donde procedem interpretações a respeito da vida: os valores são sintomas de afirmação ou negação da vida. Os primeiros correspondem a um aumento de potência, intensificam o desejo de vida, enquanto os segundos a depreciam. Vida e vontade de potência estão intimamente relacionadas – em ambas há a vontade de ser mais e que se exprime em lutas intermináveis, posto que a vontade de potência é vontade orgânica – presente em todos os seres vivos. E é a vontade de potência, vontade de ser mais, o caráter inteligível do mundo. A vida, eterno movimento abarca todos os opostos e suas nuances, construindo e destruindo todas as coisas no fluxo inexorável do tempo.

Não se pode atribuir valores morais à vida, tornando-a passível de julgamento, pois o ser (uno) se afirma no múltiplo e continua a sair dele na eternidade do tempo, não há mal algum no devir.

Ora, a genealogia revela que a metafísica é na verdade, uma interpretação válida, mas necessariamente falsa da vida, é uma ilusão na medida em que crê que o conhecimento produzido pelas noções de causalidade e pelos princípios da lógica poderiam alcançar a verdade. Na verdade, “” [9]

De fato, a genealogia também é uma interpretação, mas sabe-se interpretação, sabe-se falsa, substitui-se uma ilusão por outra: há sempre uma nova máscara por trás de outra.

Após todas estas considerações, a crítica da noção de sujeito ainda merece outros apontamentos. Como já dissemos, partindo da ótica da vida, a noção de eu traçada pela metafísica ignora o fato de a vontade agir tanto no homem quanto no ser vivo em geral, operando, então, uma distinção entre os processos orgânicos e o homem. Ora, tal distinção não passa de ficção, posto que separa causa e efeito da ação. Para Nietzsche, se se fala em sujeito, ele é uma produção posterior, ele é o resultado das lutas entre os diversos instintos presentes no corpo, atuando de forma contraditória. Habita no corpo uma pluralidade de forças que são ávidas de domínio, pois são vontades de potência, elas atestam que não é possível a existência de um eu único e contínuo – o que há são inúmeros eus que diferem entre si, visto que são instintos e pretendem dominar.

“Mas quem examinar os impulsos básicos do homem, para ver até que ponto eles teriam atuado como gênios(ou demônios ou duendes) inspiradores, descobrirá que todos eles já fizeram filosofia alguma vez – e que cada um deles bem gostaria de se apresentar como finalidade última da existência e legítimo senhor dos outros impulsos.Pois todo impulso ambiciona dominar: e, portanto, procura filosofar.” (10)


É interessante ressaltar que a cultura ocidental ao incorporar a visão da metafísica, elegeu a razão como instinto soberano, exercendo uma tirania sobre todos os outros. A noção de eu, ligada ao velho hábito gramatical é totalmente superficial, visto que a consciência é apenas uma pequena parte da atividade psíquica, conforme comenta Nietzsche em Para Além de Bem e Mal:

“Quanto ã superstição dos lógicos, nunca me cansarei de sublinhar um pequeno fato que esses supersticiosos não admitem de bom grado – a saber, que um pensamento só vem quando ‘ele quer’ e não quando ‘eu quero”; de modo que é um falseamento da realidade efetiva dizer: o sujeito ‘eu’ é a condição do predicado ‘penso’. Isso pensa: mas que este ‘isso’ seja precisamente o velho e decantado eu, é dito de maneira suave, apenas, uma suposição, uma afirmação não uma certeza imediata”. E mesmo com isso ‘pensa” já foi longe demais. (...)”[11]


Além disto, não há um sujeito responsável pelo querer - a própria noção de sujeito encontra-se equivocada, quando se pensa na multiplicidade de vontades que estão no interior do próprio indivíduo, isto é, não existe um ser, mas um fazer, um agir.

"Mas não existe um tal substrato, não existe 'ser' por trás do fazer, do atuar, do devir; o 'agente' é uma ficção acrescentada à ação - a ação é tudo" [12]


Por conseguinte, o eu é uma invenção ilusória que esconde relações de força. Se há pensamento, ele existe como sendo a parte mais superficial dessa relação entre forças. O pensamento revela as forças que atuam no corpo - os instintos e as paixões. Ele é o resultado das atividades inconscientes presentes no corpo. Nietzsche rejeita, então, as morais generalizadoras, vinculadas à noção de sujeito; elas induzem o homem a restringir ou inibir suas potencialidades.
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"Todas essas morais que se dirigem à pessoa individual, para promover sua 'felicidade', como se diz - que são elas, senão propostas de conduta, conforme o grau de periculosidade em que a pessoa vive consigo mesma; receitas contra suas paixões, suas inclinações boas e más, enquanto tem a vontade de poder e querem desempenhar o papel de senhor; pequenas e grandes artimanhas e prudências, cheirando a velhos remédios caseiros e sabedoria de velhotas; todas elas barrocas e irracionais na forma - porque se dirigem a 'todos', porque generalizam onde não pode ser generalizado -, todas elas falando em tom incondicional, todas elas condimentadas com mais de um grão de sal, mas apenas toleráveis, e por vezes, até sedutoras, quando aprendem a soltar um cheiro excessivo e perigoso, do 'outro mundo': tudo isso tem pouco valor medido intelectualmente, está longe de ser 'ciência', menos ainda 'sabedoria'" (13)


Não mais o sujeito unitário, nem morais generalizadoras, o que a genealogia revela, sob a ótica da vida, é, ao contrário, a diferença que distingue dois tipos básicos de homem e duas morais: a do senhor e a do escravo: .
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“Numa perambulação pelas muitas morais, as mais finas e as mais grosseiras, que até agora dominaram e continuam dominando na terra, encontrei traços que regularmente retornam juntos e ligados entre si: até que finalmente se revelaram dois tipos básicos e uma diferença fundamental sobressaiu. Há uma moral dos senhores e uma moral de escravos; acrescento de imediato que em todas as culturas superiores e mais misturadas aparecem também tentativas de mediação entre as duas morais, e , com maior freqüência, confusão das mesmas e incompreensão mútua, por vezes, inclusive dura coexistência – até mesmo num homem, no interior de uma só alma.” [14]


Sendo a vida o ponto principal de apreciação donde derivam os valores, o senhor será aquele que se encontra em afinidade com a vida. Ele exulta com a gratuidade da existência, é poderoso – pois nele há um excedente de forças que anseiam por domínio, é forte o bastante para suportar o devir e a caoticidade da vida sem ter que, para isso, mascará-la ou acusá-la – sem ter que ressentir-se com ela: o senhor não imputa à vida uma acusação, pois não vê na finitude das coisas objeto de expiação, antes procura fazer de sua existência objeto de gozo, alegria e afirmação.

Este excedente de forças resulta numa moral de glorificação de si, o que lhe confere nobreza e, a partir de si estabelece valores, o que implica numa instauração de uma escala própria, suprimindo o arranjo de valores estabelecidos socialmente. Ora, tal modo de ser, afirmador, representa, por um lado, a escolha de um caminho individual, por outro, a exigência do emprego de uma enorme disciplina para consigo mesmo. Ao criar valores para si próprio, comanda e obedece simultaneamente, numa verdadeira guerra a si mesmo. O senhor entende sua existência enquanto atividade – ser e agir são indissociáveis – o “bom” da moral nobre nunca esteve ligado à conveniência ou suscitou sentimentos altruístas. Entretanto, só é possível estabelecer um combate com aqueles que pertencem a sua categoria, quando o senhor encontra um adversário à altura, caracterizando o ágon. Este é um traço “característico da vontade de potência: mais próximo de um jogo do que da guerra total, a luta é sempre pela dominação, nunca pelo aniquilamento do adversário” [15] Só assim se torna possível louvar e honrar o inimigo.

O Senhor caracteriza-se principalmente pela faculdade inibidora do esquecimento, visto que este permite a “digestão” (a saúde): esquecendo, deixa de lamentar o passado – da forma como ele foi vivido e com isso cria forças para agir novamente. Se o senhor é assaltado por algum sentimento de rancor, esgota-o numa reação imediata, instantânea. Em contraposição ao senhor, no que concerne à vida, o escravo, impedido de agir, por ser fraco, torna-se um ser ressentido para com a vida. Vida esta que é cruel e ingrata, pois todas as coisas, inclusive ele mesmo, estão sob o império do devir que o escravo pretende camuflar astuciosamente. Com isto, cria-se um devir culpado – a existência das coisas de deve a uma expiação pelas faltas.

O que interessa é o valor que a vida em comunidade adquire em detrimento da vida individual – é o que Nietzsche designará por ‘instinto gregário’. Ora, cria-se uma necessidade de ser o mais possível igual aos outros, necessita ser confundido com os demais, pois a comunidade encara tudo o que for exceção como hostil e prejudicial. O escravo teme ser discriminado ou excluído desta comunidade que o abriga. Neste sentido, o rebanho (a comunidade) promove uma nivelação – uma identidade conservadora. Esta identidade ataca toda e qualquer hierarquia, posto que o seu ideal é o da igualdade, atacando toda e qualquer diferença.

O escravo não vivencia a felicidade da ação. Impedido de agir no exterior, o repouso toma o lugar da ação – ela aparece passivamente, como “narcose, entorpecimento, sossego, paz, ‘sabbat’, distensão de ânimo e relaxamento dos membros” .[16]

Como o escravo não parte de si para criar valores, ele só pode fazê-lo por uma derivação, por uma reação da interpretação do senhor. Só assim, ele consegue conceber a si , posteriormente. O eu, para o escravo, é dado a partir de um não-eu, isto é, o eu é dado a partir de uma conclusão – conclusão de premissas negativas. Ele raciocina assim: “Tu és mau, logo eu sou bom”, de modo que sendo fracos para agir, exigem que a força não se expresse como força, como se a própria força pudesse optar ou não em manifestar-se. Ou seja, ‘bom’ para este tipo de homem é aquele que se contém, que não se manifesta. Ora, assim ele designa o outro – o mau por manifestar-se. O outro é que é o mau.

O escravo imagina uma força separa do que ela pode, o que para Nietzsche, é uma ficção, pois estabelece uma relação de causa/efeito das forças. Há uma causa separada dos efeitos. Desse modo, o escravo projeta uma imagem de sujeito como causador da ação: isto é, o sujeito seria livre para agir ou não. Ao acreditar na ficção de que a força possa se abster de agir, o escravo tenta neutralizar a força, conduzindo a questão para um domínio moral, pois a força agora é “culpada” por agir. Assim, o escravo transforma suas fraquezas em virtudes, ele mascara-as, transformando-as em mérito.

Nietzsche, portanto, estabelece uma hierarquia de valores – dos que afirmam e dos que negam a vida, detectando não uma única origem dos valores, mas uma dupla que “remete a uma dupla gênese simultânea: Gênese recíproca de sua diferença de quantidade, Gênese absoluta de sua qualidade respectiva”[17]



BIBLIOGRAFIA

CHATELET, F. HISTÓRIA DA FILOSOFIA , Zahar, RJ, 2ª ed., 1981.

DESCARTES, R . “Meditações Metafísicas” in col. Os Pensadores, Abril cultural, SP, 1979.

FOUCAULT, M. ‘Nietzsche, a Genealogia e a História” , in Microfísica do Poder, Ed. Graal, Rj, 7ª ed., 1988.

GIACÓIA JR, 0. `O Grande Experimento Sobre a Oposição entre Eticidade e Autonomia. Em Nietzsche in Revista Transformação, UNESP, vol.12, SP, 1988.

MACHADO, R. NIETSCHE E A VERDADE , Ed. Rocco, SP, 1985, 2a ed.

MARTON, S. NIETZSCHE – DAS FORÇAS CÓSMICAS AOS VALORES HUMANOS Ed. Brasiliense, SP, 1990.

NIETZSCHE. GENEALOGIA DA MORAL , Ed. Brasiliense, 2ª ed. SP, 1988.

NIETZSCHE. PARA ALÉM DE BEM E MAL Cia das Letras, SP., 1ª ed, 1992.

SUFFRIN, P. O ‘ZARATUSTRA’ DE NIETZSCHE. Ed. Jorge Zahar, Rj, 1991.




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NOTAS

1 Chatelet, F. História da Filosofia, vol1 pg 68.
2 Suffrin, H. O ‘Zaratustra’ de Nietzsche pg 48.
3 Descartes, R. Meditações Metafísicas.
4 idem .
5 Foucault, M. ‘Nietzsche, a Genealogia e a História’ in Microfísica do Poder pg 20.
6 Nietzsche. Para Além de Bem e Mal , 20, pg 26.
7 idem 3, pg 11.
8 Giacóia Jr. “O Grande Experimento sobre a oposição entre eticidade e autonomia em Nietzsche” p 99.
9 Machado, Roberto. Nietzsche e a Verdade pg 37.
10 Nietzche. Para Além de Bem e Mal 6, pg 13 –grifos nossos.
11 idem, 17 pg 23.
12 Nietzsche. Genealogia da Moral I, 13 pg 43.
13 Nietzsche. Para Além de Bem e Mal 198, pg 96.
14 idem, 260, pg 72.
15 Marton, S. Nietzsche – Das Forças Cósmicas aos Valores Humanos. pg 60.
16 Nietzsche. Genealogia da Moral I, 10 pg 36.
17 idem I, 13, pg 43.





APRESENTAÇÂO DE ÂNGELA ZAMORA

A coordenação do Curso de Filosofia do Mackenzie e todos os seus professores sentem-se felizes por ocasião desta edição da Revista Pandora Brasil, a Nº 15, pois seu Conteúdo é uma série de artigos escritos pela Professora Ângela Zamora, especialista na filosofia Nietzscheniana. Cuja competência, profissionalismo e dedicação à filosofia e seus alunos e colegas é imensurável.

É por isso que o Centro de Ciências e Humanidades e o Departamento de Filosofia da Universidade Presbiteriana Mackenzie sentem-se felizes e honrados com essa publicação, pois não se trata apenas de mais uma na área de filosofia, é a publicação de uma amiga, que é como consideramos a Ângela. A alegria de compartilhar com todos este feito, que é resultado de anos de trabalho e pesquisa com todas as dificuldades e intempéries do dia-a-dia, mas com a glória e o coroamento da vitória.

Apresentar a Ângela como professora, filósofa, pesquisadora e escritora, é algo meramente formal e protocolar, pois para nós é a amiga, a companheira, aquela que com muito sacrifício e muita luta soube como poucos ter a sabedoria e a paciência para mudar os rumos dos ventos e a sobrepujar as situações consideradas por muitos como intransponíveis e por isso, hoje podemos atribuir a querida professora todos àqueles adjetivos.

Atualmente Ângela Zamora é professora do Curso de Filosofia da Universidade Mackenzie e uma persistente pesquisadora da obra de Nietzsche.

Um abraço

Marcelo Martins Bueno
Doutor em Filosofia (PUC-SP)
Coordenador do Curso de Filosofia - Mackenzie
Vice-Diretor do Centro de Ciênciase Humanidades (CCH) - Mackenzie









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