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Se eu fosse... Nietzsche...

Camila de Souza

Se eu fosse Eu o que seria?

...Se eu não fosse?...

Quem Eu seria?

Eu fui o que se chamava Nietzsche,

Mas quem foi os Nietzsches que se chamavam?

Mas os Nietzsches que você conhecia,

Não era Nietzsche que sonhava...

E Nietzsche sonhou?

- Sonhou em demasiado...
E Nietzsche amou?

- Amou como um desesperado...

Sentiu a vida.

Foi homem.

Escreveu para as pessoas que não estavam preparadas.

E acima de tudo,

Foi humano, demasiadamente humano...

Sou Nietzsche e ao mesmo tempo não sou mais... Depois que me libertei de minha condição humana eu não me permito ser um reles Nietzsche, agora sou muito mais...

E estou morto. Morto, é claro, como você acha que é está morto. E sobre Deus, antes que você me pergunte, não está morto! Isso porque ele nem ao menos existe... E onde ficamos “quando morremos”? Num lugar que não é o “céu”, muito menos o “inferno”... Aqui só é mais lugar em vivemos...

E como tenho o resto da eternidade, eternidade essa que você acha que tem, contínuo fazendo o que já fazia, eu escrevo. Escrever é uma das coisas que mais faço. Às vezes um poema aqui... Às vezes uma novela ali... Estou escrevendo uma novela sobre esses seres estranhos, que um dia habitaram um lugar mais estranho ainda, chamado Terra. – E pensar que um dia eu já estive lá...

Aqui eu tenho tempo para pensar; caminhar; olhar para o céu; sentar numa praça, comer uma maça e ouvir a música das coisas... Leio uns livros de vez em quando, estou nos poetas brasileiros no momento...

Mas o que me tira o fôlego mesmo é uma menina chamada Liz... Ela quando passa com toda sua graça feminina, mexendo nos seus cabelos encaracolados, com só uma mulher sabe fazer, dando aquele sorriso que só mulher pode ter... Ela me deixa de quatro! Aí Liz... O que seria de mim agora sem você?!

Todo meu universo agora é a Liz...

E é por isso, estou a escrever coisas de amor...

Menina que vejo de longe

Menina que vejo de longe,
Ontem nossos olhos se cruzaram.
Foi apenas por um instante,
Mas senti que já te encontrava...
Menina que te vejo distante,
Hoje eu sei que já te amava;
Sei que nem saberá quem sou,
Mas saberá esse tal de amor...
Não sei se amo assim
Ou assim!
Mas preciso sempre te encontrar.
Encontrar-te é tão bom,
Como se eu mesmo me encontrasse...
O que será o que te vejo?
O que você não pode encontrar em mim?
Ontem te encontrei e nossos olhos se cruzaram.
Foi apenas por um instante,

- A eternidade é seu olhar...

E se te faço
Sem precisar de nenhuma
Demarcação,
É porque você
É assim,
Um precisar tranqüilo
Sem nenhuma precisão.
Mas é como quem descobre
Que precisa tanto...
Eu descobri você:

Hoje eu te preciso...

É, estou a amar... E a vida para os apaixonados bastaria ser somente isso... A mim me basta... Ando feito um bobo - Quem nunca foi bobo?! – Felizes são os bobos, deles será o reino do céu... É verdade, o “céu” não existe! E já estou morto... Ando tão esquecido... Só não me esqueço de nunca esquecer minha doce amada Liz...

Ah Liz... Liz... Meu coração te chama... Ardendo em chamas...

Sou tanto te precisar
Que queria ser invisível
Só para ser minha
Vida te olhar...
Hoje você está tão linda,
E eu ainda preciso tanto te amar...

Minha vida é isso no momento... Faço meus poemas, escrevo minha novela, ando no parque, olho o céu... E principalmente eu amo a Liz... É, morrer tem lá suas vantagens...



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