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Se eu fosse um estudante do ano de 1968.

Ronaldo Santos

Podemos compreender a sociedade de diversas formas, mas um estudante do ano de 1968 em um determinado momento diria não confiar em ninguém com mais de 30 anos era o lema, falava-se em conflito de gerações, da oposição jovem/adulto. É o ano da contracultura uma verdadeira revolução dos costumes. Havia necessidade de quebrar tabus e destruir valores estabelecidos. Paz e amor; desbunde; aqui e agora; contra o poder das armas, o poder da flor (flower power), o poder gay (gay power), a liberação feminista (women’s lib) e o poder negro (black power).Manifestações e palavras de ordem foram sedutoras o suficiente para mobilizar multidões de jovens nas mais diversas partes do mundo.

Esse conjunto de manifestações novas que brotaram em diversos países foi chamado de contracultura. Trata-se da reivindicação de um estilo de vida diferente da cultura oficial, valorizada e defendida pelo sistema.

Underground, no sentido de “á margem”, essa cultura contestava e criticava radicalmente o que já havia sido produzido pela cultura ocidental, pondo em xeque os valores tradicionais, de diferentes maneiras, e buscando novas formas e novos canais de expressão.

Esse inconformismo da década de 60 já passa existir na metade da década de 50 com a geração beat e após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de filósofos franceses refletia sobre a angústia da existência humana.Assim trata-se o existencialismo se papa Jean-Paul Sartre (1905-1980).

Descrente da capacidade de a humanidade solucionar racionalmente seus problemas, a juventude do pós-guerra se via tomada por uma sensação de desânimo e desespero.Isso porém não resultava em inatividade absoluta.Os existencialistas, ateus, deram a essa juventude novas formas de pensar o mundo, a partir do pressuposto de que existir já é um enorme absurdo.

O primeiro objeto de reflexão filosófica dessa doutrina é o homem, não na sua essência ou no mundo das idéias, mas na sua existência concreta.Os filósofos afirmam que somos os arquitetos de nossas vidas, os construtores de nosso próprio destino,embora submetidos a limitações reais do dia-a-dia.

Essa geração beat ira ser o primeiro espírito de contestação ao rejeitar aos valores burgueses, os beatniks valorizavam a espontaneidade, a natureza e a expansão da percepção, que alcançavam através das drogas, do jazz e das religiões orientais.

É nessa onda de insatisfação e inconformismo que se viveu intensamente os jovens dessa década tinha uma utopia mudar o mundo mas essa transformação foi mais comportamental do que política e se eu fosse um jovem dessa época talvez não estaria vivendo esta angustia da sociedade pós-moderna, mas essa geração deixou uma grande contribuição para as gerações futuras pois em qualquer canto do mundo sempre estarão contestando a sociedade vigente, padrões pré-estabelecidos em qualquer lugar veremos a contracultura e suas diversas manifestações artísticas,culturais,políticas e sócias, mas por não ter vivido essa década minha angustia ira permanecer, mais dias melhores viram.

BIBLIOGRAFIA:
CARMO, Paulo Sérgio do. CULTURAS DA REBELDIA A JUVENTUDE EM QUESTÃO. Editora Senac: São Paulo



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