José Bruno Linhares, ainda antes de conhecer as letras do nosso alfabeto, já improvisava seus versinhos ingénuos. Hoje é conhecido pelos seus leitores como o poeta da Natureza, devido a sua intimidade com ela. Exalta a Deus seu criador. Canta, sem cessar, a flora e a fauna; conversa com o mar como quem fala com um ser humano; nem os corpos celestes escapam de sua extraordinária imaginação e pende para um neo parnasianismo com seus versos plenos de lirismo e romantismo, sem ferir o seu estilo de poeta parnasiano. Se emociona e delira com os encantos dos oceanos, desde a zona nerítica ao pélago profundo. Para ele, o mar é um ser que canta, declama, brame, soluça, geme, queixa-se, murmura, delira, esbraveja e apela para o Infinito. E no seu soneto 236, "A Natureza Me Inspira ", ele diz:
"Eis a razão porquê da minha Ura,
Que me emociona e que me inspira
JL ter nela inclusa a natureza. "
José Bruno Linhares foi autodidata, escreveu, sempre, a partir de um fino senso de observação do mundo – das pessoas, de suas alegrias e angústias; da natureza e de suas belezas. Desde muito jovem compunha os seus versos, que seguem o molde parnasiano, dado o seu grande senso estético e amor pelo belo, quer nas pessoas, quer na natureza. Como cresceu em meio à ela, aprendeu a ouvi-la e amá-la, donde, deriva a beleza e harmonia dos seus escritos que enaltecem a vida, a natureza, sua mestra e companheira, o céu, a terra, as flores, as aves e, como não poderia deixar de ser, a paisagem humana. Os seus versos viverão para sempre, pois eles tratam da vida em toda a sua imensa gama de sentimentos, dos mais simples e belos aos mais complexos.
Orlando Bruno Linhares > (filho de José Bruno Linhares)
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