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Revista Pandora Brasil - Nº 64
Março de 2015
ISSN 2175-3318

“Ética e Filosofia Política no Ensino Médio”

  • Edição 64 - Principal


  • . RESUMO DOS ARTIGOS

    Título – Inversão de valores na humanidade.
    Autoras – Alexsandra Aquino da Silva/ Mayara Cristina Mendes Ferreira/ Maysa Cristina Mendes Ferreira.

    Nunca se sabe quando começará uma revolução; ela apenas acontece e quando se inicia também não se sabe quando terá fim. Revolução é um grande movimento em função de mudanças radicais.
    De fato as razões pelas quais muitos grupos revolucionários surgiram eram boas: lutar por direitos civis ou, no caso do grupo Baader-Meinhof, romper com um possível Fascismo. No geral o que se ataca com uma revolução é a forma como age quem está no poder. Quando o governo começa a agir de forma errada, utilizando-se do autoritarismo para beneficiar apenas a si próprio, pode-se contar na certa de que alguém não concordará. Este tentará ser ouvido de diversas formas, vai exigir seus direitos e os de seus colegas civis e vai querer mudanças na forma como o poder está sendo administrado.
    Conforme o tempo passa, o comportamento dos indivíduos se altera. Logo, o que se ataca não é o ‘’suposto culpado’’, e sim qualquer um que vá contra o grupo. Resumindo, há uma mudança radical dos valores. Valores humanos e a própria ideologia invertem-se devido á ganância humana e, justamente os que atacavam a injustiça cometida, tornam-se injustos. Investigar essas mudanças dos valores na humanidade foi o objetivo deste trabalho.

    Título – A liberdade como possível caminho para a felicidade.
    Autora – Aline Trindade.

    Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa noção de felicidade ainda não existe, pra você, pois se é ainda uma "caixinha vazia'', sem "noção" do real e não-real, mas existe a satisfação. Por exemplo: quando um bebê chora é porque ele está com fome, então, com o amamentando, o choro irá passar, pois ele estará satisfeito. A partir desta idade pra cima que as pessoas irão "colocar coisas" na sua mente, ou melhor, irá te idealizar para que você possa começar a perceber a noção de " certo" e "errado'', do " bem e do mal' e, finalmente, entre tudo que nos cerca. E a felicidade é um sentimento que, a partir do que nos foi ensinado, ela irá se manifestar.
    Mostrar a relação entre felicidade e liberdade foi o objetivo deste trabalho. Foram usados textos filosóficos, tais como o texto de Sartre (1984) e o de Sêneca (1991), além de uma palestra do professor suíço Alain de Botton no DVD Filosofia para o Dia a dia (2007).

    Título – A origem do prazer sadomasoquista.
    Autora – Grace Kelly Felicio.

    A hipótese fundamental que serve de fio condutor a esta breve reflexão tangencia a psicanálise e o behaviorismo, ou seja, em que medida a abordagem behaviorista que impera nas propostas pedagógicas e no processo de formação seria responsável por disfunções psíquicas? Mais especificamente, o comportamento sádico, quando patológico, pode ter como precursor a educação behaviorista? E em que medida esses comportamentos realmente caracterizam uma conduta patológica? Essas são as questões fundamentais que orientam esta pesquisa. Nesse sentido buscou-se apoio nas análises de Renato Mezan sobre o pensamento freudiano e na apresentação das teorias da psicologia. Eventualmente laçamos mão da literatura como uma forma de se expressar o que se quer, nesse sentido tomamos como pressuposto que as obras literárias seriam real fonte de conhecimento. Nesse sentido utilizamos o conto O Alienista de Machado de Assis e o romance O Médico e o Mostro de Stevenson.

    Título – Dos costumes ou de como eles idiotizam a humanidade.
    Autor – João Victor Nunes da Silva

    No conto chamado Erostrato, de Jean-Paul Sartre, um homem chamado Paul Hilbert decide, sem mais nem menos, matar algumas pessoas. Passou dias trancado em casa, planejando o momento certo. Ao final de sua empreitada, Hilbert decidiu se suicidar. No entanto, nada aconteceu como foi planejado.
    O que havia de errado com o personagem criado por Sartre? Por que não poderia ser aceito sem preconceitos pela nossa sociedade? Qual era o problema ele estar fora dos padrões morais? Sem contar aqueles que muitas vezes escolhem esconder seus mais profundos desejos pelo medo que sentem de serem apedrejados (moralmente) apenas por pensarem ou serem diferentes da maioria. O que comprova que uma mulher é de menos respeito apenas porque ela prefere ter mais de um parceiro?
    Nossa pesquisa tem o intuito de mostrar como nossas normas morais (ocidentais) são frágeis até mesmo nos casos mais extremos. Isso é importante para percebermos que muitas vezes exageramos em nossos julgamentos com nossas visões etnocêntricas. Para investigar este problema, recorremos aos autores Marquês de Sade, Marx, Sartre e Nietzsche.

    Título – A educação no Brasil: da coisificação do homem à barbárie.
    Autor – Jonatas Ferreira Viana.

    O autoritarismo educacional sempre foi presente na história do nosso país. A perspectiva começou a mudar somente em 1932, quando foi publicado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Nesse manifesto, argumentavam que a educação deveria ser livre e acessível a todos. Porém, tais progressos foram jogados no lixo com o advento da Ditadura Militar, de 1964. Esse período autoritário marcou negativamente a educação brasileira. O filósofo alemão adorno contribuiu com a discussão dessa problemática. Mostrou como a falta de conscientização é responsável pela barbárie. Adorno, em sua obra Educação após Auschwitz, mostra que todo o processo de torturas e mortes, foram provocados inicialmente a partir do uso da indústria cultural. As consequências disso foi o sentimento egoísta e individualista que foi implantado nas pessoas, na qual se tornaram indiferentes pelo que aconteceu. Atualmente, com o avanço da tecnologia e o uso de redes sociais com a desculpa da busca pelo prazer, novamente esse estado de barbárie manifestou-se nas pessoas. Uma falsa informação, dotada de algo polêmico e transmitida por um indivíduo influente e carismático, torna-se capaz de alienar as pessoas, ao ponto de deixar sua consciência coisificada. A educação entra nesse aspecto, como forma de conscientizar sobre essas questões e evitar que ocorra o totalitarismo na sociedade.

    Título – É possível conhecer a verdade?
    Autor – Jorge Dantas Amorim.

    O presente artigo tem por objetivo apresentar a perspectiva do ceticismo clássico, mais especificamente pirrônico, para a questão acerca da verdade em sentido absoluto, isto é, o problema do dogmatismo. Para tanto toma-se como referencial a leitura realizada por Oswaldo Porchat Pereira que, embora fiel à leitura clássica, atualiza o problema. Nesse sentido não nos furtamos às implicações éticas que o problema adquire na contemporaneidade. Ou seja, é possível pesarmos em uma verdade que se queira universal? Pois, se de fato não for possível tal empreendimento, devemos nos questionar sobre a possibilidade de fundamentação da moral, ou melhor, da ética. Vem ao nosso socorro a leitura platônica e a crítica à moral cristã. Desse modo, mesmo que brevemente, objetiva-se também esse diálogo com a tradição dogmática. Lembrando, por fim, o problema circunscreve-se à teoria do conhecimento e sua necessária implicação na filosofia da ação.

    Título – O filosofar dentro da sala de aula: caminhos e possibilidades.
    Autor – Rodrigo Barboza dos Santos.

    Quando se fala em Filosofia, algumas reações são imediatamente notadas. Alguns acreditam ser algo difícil e importante, enquanto outros atribuem a ela a árdua tarefa de ser a salvadora da educação no Brasil. Outros, ainda, veem a Filosofia como uma importante contribuição na busca por respostas, “as mais garantidas possíveis, para questões com as quais os seres humanos se deparam em suas vidas” (LORIERI, 2002, p. 34). Outros, afirmam que a Filosofia é importante na produção de conceitos. Assim, nos colocamos a seguinte pergunta: o que, de fato, faz a Filosofia? Mais especificamente, o que faz a Filosofia dentro das salas de aula do Ensino Médio? Para investigar essa questão, recorreremos a Alejandro Cerletti, filósofo importante na atual discussão sobre o ensino de Filosofia.
    O presente artigo está dividido em três partes. A primeira procura explicitar as ideias forjadas por Cerletti em relação à Filosofia, o filosofar e o ensinar Filosofia. A segunda parte busca mostrar uma aproximação das ideias de Cerletti com as ideias de Sílvio Gallo em relação a uma metodologia do ensino de Filosofia. Por fim, a terceira parte busca aproximar as ideias de Cerletti às experiências didáticas e filosóficas que ocorreram na Escola Estadual Doutor Alberto Cardoso de Mello Neto, bem como suas implicações no cotidiano da escola e na vida dos alunos.

    Título: Grupo de Pesquisa – Filosofia e Extensão: uma abordagem filosófica do ensino de Filosofia.
    Autores: Rodrigo Barboza dos Santos/ Thiago Rodrigues.

    Este trabalho tem como finalidade mostrar o movimento através do qual a Filosofia se tornou significativa aos alunos por meio de seu ensino e de sua pesquisa.
    Para tanto, foi de fundamental importância a fundação do Grupo de Pesquisa – Filosofia e Extensão. O presente projeto visa aplicar elementos da pesquisa acadêmica acerca do Ensino de Filosofia na Educação Básica a partir da criação de um grupo de pesquisa constituído por alunos do Ensino Médio. Nesse sentido, a eleição de textos da tradição filosófica se faz fundamental para a constituição do presente projeto. Buscar-se-á, portanto, reproduzir o ambiente acadêmico dentro do registro da escola publica como uma forma de fomentar a produção intelectual, a pesquisa, e principalmente, estimular o ingresso daqueles que se propõem no ambiente universitário. E, mais do que isso, estimular o exercício do pensamento conceitual e abstrato.








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