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ALBERT CAMUS EM PORTUGUÊS PÁGINA DE DIVULGAÇÃO E ESTUDO DA OBRA DO ESCRITOR E FILÓSOFO ARGELINO ALBERT CAMUS



Albert Camus: Uma Vida

(Albert Camus: une vie)

Se é senso comum o fato de Albert Camus ter deixado um legado literário de valor inquestionável, também é sabido que não foi com pouco esforço e sofrimento que o chamado "filósofo do absurdo" teve a personalidade forjada. Em ALBERT CAMUS: UMA VIDA, o premiado jornalista Olivier Todd mostra como a vida privada do escritor foi conturbada, desde a juventude na Argélia até o acidente que tirou sua vida, passando pelas aventuras amorosas, a tuberculose e a briga com a intelectualidade francesa por conta de suas posições políticas.

"Fui colocado a meio-caminho entre a miséria e o sol", escreveu Camus em O avesso e o direito. Ele nasceu em uma fazenda perto de Mondovi, no departamento de Constantina, na Argélia. Seu pai foi morto na batalha de Marne, em 1914. Uma infância miserável em Argel; a tuberculose que se declara precocemente, e que, com o sentimento trágico que ele chama de absurdo, lhe desperta o desejo desesperado de viver. Passa a escrever, torna-se jornalista, dirige grupos de teatro e uma casa de cultura, faz política. Suas campanhas no Argel Républicain para denunciar a miséria dos muçulmanos têm como recompensa obrigá-lo a abandonar a Argélia. Durante a guerra na França, tona-se colaborador do jornal clandestino Combat.

Mas é o escritor que se impõe como um dos líderes de sua geração. Em Argel, publicara Núpcias e O avesso e o direito. Erroneamente vinculado ao movimento existencialista, que atinge seu apogeu nos dias que se seguiram à guerra, Albert Camus escreve, na realidade, uma obra articulada em torno do absurdo e da revolta. Foi, talvez, Faulkner quem melhor resumiu o sentido geral de sua obra: "Camus dizia que o único papel verdadeiro do homem, nascido em um mundo absurdo, era o de viver, de ter consciência de sua vida, de sua revolta, de sua liberdade."

Assim, A peste, iniciada em 1941, simboliza o Mal. Contra ela, o homem pode provar que não precisa ficar totalmente impotente diante do destino que lhe é apresentado. O homem revoltado, em 1951, não diz outra coisa. "Quis dizer a verdade sem deixar de ser generoso", escreve Camus a respeito deste ensaio, que lhe valeu inimizades e o indispôs com Sartre. Cinco anos depois, A queda parece o fruto amargo do tempo das desilusões, do isolamento, da solidão. Desta vez, a vilã é a natureza humana. Em 1957, Camus recebia o Prêmio Nobel. Previa-se o início de uma nova etapa em sua obra, mas um acidente de automóvel, em 4 de janeiro de 1960, encerrou a carreira de um dos escritores mais brilhantes do século.

Usando como base a correspondência pessoal de Camus, gravações inéditas, entrevistas com familiares, amigos e amantes, Olivier Todd — autor de outros 15 livros — revela nesta biografia engajada toda a complexidade de um homem charmoso, virulento, sincero, teatral, arrogante e inseguro. Todd contextualiza a vida do escritor no panorama histórico: a ocupação francesa do norte da África e a Paris literária do pós-guerra. Ele avalia o sucesso de Camus como jornalista, escritor, editor literário, homem de teatro e filósofo.


Olivier Todd . Albert Camus: Uma Vida
882 páginas
Tradução de Monica Stahel
Formato: 16 x 23cm
Código: 046797
ISBN: 8501046795
Editora Record

Fonte: Camus, Albert. Estado de Sitio; O estrangeiro.
São Paulo: em Abril as Cultural. ca 1979









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