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ALBERT CAMUS EM PORTUGUÊS PÁGINA DE DIVULGAÇÃO E ESTUDO DA OBRA DO ESCRITOR E FILÓSOFO ARGELINO ALBERT CAMUS

FRAGMENTO DA OBRA “A MORTE FELIZ”

de Albert Camus



Eu tinha um colega que só se sentia bem com o filho. Saíam juntos. Farreavam. Iam ao cassino, e meu colega dizia: “Por que querem que eu saia com todos esses velhos? Todos os dias, me dizem que tomaram um purgante, que estão com dor no fígado. E melhor eu sair com meu filho. Quando ele arranja uma menina, eu finjo que não vejo nada, pego um bonde. Até logo e obrigado. Fico muito contente.” — Emmanuel ria.
— E claro — falou Céleste
— não era uma autoridade, mas eu gostava dele.
— E dirigia-se a Mersault.
— E, depois, gosto mais disso que de um amigo que tive.
Quando ficou importante, falava comigo levantando a cabeça e com pequenos sinais. Agora, está menos prosa, perdeu tudo.
— Bem feito — disse Mersault.
— Ah, a gente não precisa ser sujo na vida. Ele aproveitou e teve razão . Tinha 900 mil francos... Ah, se fosse eu!
— Você faria o quê? — perguntou Emmanuel. — Compraria um barraco, poria um pouco de cola no umbigo e uma bandeira. Assim, eu esperaria para ver de que lado sopra o vento Mersault comia com tranqüilidade. Até que Emmanuel começou a contar ao proprietário a sua famosa batalha no Mame.
— Nós, os zuavos, fizeram-nos ficar de atirador...
— Você está enchendo — disse Mersault, calmo.
— O comandante disse: “Atirar!” E depois a gente descia, era uma espécie de barranco com árvores.










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