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ALBERT CAMUS EM PORTUGUÊS PÁGINA DE DIVULGAÇÃO E ESTUDO DA OBRA DO ESCRITOR E FILÓSOFO ARGELINO ALBERT CAMUS

Verbete Enciclopédia ENCARTA e Barsa




CAMUS: Verbete Enciclopédia ENCARTA

Camus, Albert (1913-1960), romancista, ensaísta (ver Ensaio) e dramaturgo francês, Prêmio Nobel de Literatura (1957) cuja obra, com forte influência existencialista (ver Existencialismo), retrata a impotência humana diante do absurdo da vida.
Albert Camus nasceu na cidade de Mondovi, na Argélia, e formou-se em filosofia pela Universidade de Argel. Mudou-se para Paris em 1940, aos 27 anos, depois de romper com o partido comunista. Durante a Segunda Guerra Mundial publicou os livros que o tornaram célebre: o romance O estrangeiro (1942), o ensaio O mito de Sísifo (1942), as peças O mal entendido (1944) e Calígula (1945). Em todas estas obras, há tanta desesperança, um sentimento tão intenso da inutilidade do ser humano em suas tentativas de escapar do próprio destino, que na peça Calígula, o personagem principal afirma que “os homens morrem e não são felizes”. O romance A peste, publicado em 1947, é uma parabóla sobre a violência nazista e, ao mesmo tempo, um apelo à dignidade humana. Neste livro, o niilismo de Camus se expressa com clareza na frase de um dos personagens: “o natural é o micróbio”.
Entre sua obra destacam-se, ainda, o romance A queda (1956), o ensaio O homem revoltado (1951), a coletânea de contos O exílio e o reino (1957) e a peça teatral O estado de sítio (1948). Sua visão de mundo influenciou diversos escritores, inclusive Julio Cortázar, principalmente no romance O jogo da amarelinha. Albert Camus, que durante a resistência francesa foi diretor da revista Combat, publicou numerosos artigos jornalísticos.
Albert Camus morreu em um acidente de automóvel, em 1960, deixando umas das mais vigorosas obras contemporâneas. Nos destroços do carro foram encontrados os manuscritos de um livro inacabado, O primeiro homem, publicado em 1995.


O escritor francês Albert Camus abordou o que considerava ser o absurdo da condição humana e a trágica incapacidade dos seres humanos de compreender e transcender sua situação. Ao longo de sua obra, Camus descreve o mundo aparentemente irracional no qual os seres lutam infrutiferamente para encontrar significado e razão para suas vidas. Assim, em O estrangeiro (1942), o protagonista mata um homem sem nenhuma razão aparente e aceita sua condenação. Ao contrário, os personagens de A peste (1947) lutam corajosamente contra o absurdo.




CAMUS: Verbete da Enciclopédia Britânica do Brasil (BARSA)

Em seu esforço para encontrar um sentido para a vida humana sem recorrer ao dogmatismo nem a falsas esperanças, Albert Camus foi muitas vezes mal compreendido mas influenciou decisivamente sua geração intelectual e a seguinte.

Albert Camus nasceu em Mondovi, Argélia, em 7 de novembro de 1913. Com a morte do pai na batalha do Marne, durante a primeira guerra mundial, passou por sérias dificuldades econômicas junto com a família. Conseguiu, no entanto, estudar filosofia na Universidade de Argel e exerceu várias profissões até se formar. Tuberculoso, não pôde trabalhar como professor e resolveu abraçar a carreira literária, que iniciou como jornalista e fundador do Théâtre du Travail. As agruras desses anos se refletem em suas primeiras obras, as coletâneas de ensaios L'Envers et l'endroit (1937; O avesso e o direito) e Noces (1938; Bodas).

Depois de romper com o Partido Comunista, após vários anos de militância, Camus mudou-se em 1940 para Paris, que teve que abandonar ante a invasão alemã. Pouco depois regressou à França e aderiu à resistência, como diretor da revista Combat.

Em plena guerra mundial publicou uma série de obras que tornariam célebre seu nome: o romance L'Étranger (1942; O estrangeiro), o ensaio Le Mythe de Sisyphe (1942; O mito de Sísifo) e duas peças de teatro, Le Malentendu (1944; O mal-entendido) e Calígula (1945). Em todas Camus apresentava uma visão desesperançada e niilista da condição humana, que pode ser resumida nas palavras postas na boca do imperador romano Calígula: "Os homens morrem e não são felizes." A clara e perfeita linguagem de Camus era veículo apropriado para a expressão de suas idéias.

Era difícil, no entanto, conciliar a postura solidária e progressista do combatente da resistência com tal negativismo. Por isso, em suas obras posteriores Camus tendeu a elaborar um pensamento em que o niilismo constituísse "um ponto de partida" para uma sociedade mais livre e humana. Exemplo disso foi o romance La Peste (1947), narrativa simbólica da luta de um médico contra uma epidemia em Oran. Por trás dessa trama simples se percebia, no entanto, a sombra do nazismo e da ocupação alemã, bem como um apelo à dignidade humana. Temática muito semelhante aparece na obra L'État de siège (1948; O estado de sítio). A postura ideológica de Camus aparece com nitidez em L'Homme révolté (1951; O homem revoltado), longo ensaio de caráter metafísico no qual ele analisou a ideologia revolucionária e escreveu palavras reveladoras: "O rebelde rechaça, portanto, a divindade, para compartilhar as lutas e o destino comum." O ensaio, no entanto, não foi bem recebido pelos círculos esquerdistas, que viam nele um pensamento demasiadamente individualista e retórico. Camus, que jamais quis aderir ao existencialismo, rompeu com o líder do movimento, Jean-Paul Sartre, atacando as idéias marxistas deste, que já criticara sutilmente na obra dramática Les Justes (1950; Os justos).

Durante a década de 1950, Camus enfrentou um conflito entre suas idéias progressistas e a explosão da revolução na Argélia, diante da qual, fundamentalmente por razões sentimentais, se colocou do lado da França. Tais contradições internas resultaram em duas obras importantes, o romance La Chute(1956; A queda) e a coletânea de contos -- vários deles situados na Argélia -- L'Exil et le royaume (1957; O exílio e o reino). O mundo que surge em seus contos já não é tão absurdo como o de suas primeiras obras, um inferno caótico e irreal, fruto talvez da sensação de isolamento do autor, que não diminuiria com a conquista do Prêmio Nobel em 1957.

Albert Camus morreu em 4 de janeiro de 1960, num acidente de automóvel perto de Sens, na França. Sua obra, apesar de polêmica e contraditória, constitui uma das grandes realizações da literatura francesa e foi a expressão de um homem que sempre agiu com honestidade em sua busca de justiça.









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