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O AMOR NA PERSPECTIVA DA SEXUALIDADE E DA ESPIRITUALIDADE EM MIGUEL DE UNAMUNO


Giovane Rodrigues dos Santos


É aluno do Curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia São Bento (São Paulo). Nasceu em 03 de junho de 1991 em Douradina Paraná, mas atualmente seus pais moram em Tapejara norte do Paraná. Formado em Auxiliar de administração pela OPCI - Informática. Em fevereiro de 2006 ingressa na Comunidade Religiosa da Ordem dos Mínimos em Guarapuava – Paraná, onde conclui seu Ensino Médio. Em fevereiro de 2009 é transferido para São Paulo, onde inicia seu postulantado e sua faculdade de filosofia. E-mail para contato: walfmam@hotmail.com



Sobre Unamuno

Miguel de Unamuno Y Jugo, nasceu a 26 de setembro de 1864, na cidade de Ronda Del Castro Viejo de Bilbao, Espanha. Foi escritor, poeta, novelista, romancista, ensaísta, critico literário, filólogo espanhol, reitor, professor de Grego, latim, psicologia e ética na Universidade de Salamanca. Filho de Salomé Jugo e do comerciante indiano Félix de Unamuno, teve cinco irmãos. Após a morte de seu pai em 1870, fica aos cuidados da avó Benita Unamuno, de quem, como ele mesmo dizia, herdou a coragem para a vida civil, e da mãe sua religiosidade.

Passou sua infância em Bilbao, e fez seus estudos do primeiro ciclo, no Colégio de San Nicolas. No ano de 1874, aos 10 anos estava pronto para ingressar no Instituto Vizcaino de Bilbao, presenciou o assedio de sua cidade, durante a terceira guerra Carlista (1873-1875), acontecimento que o inspirava depois, na criação da sua primeira novela: “Paz e Guerra”(1897).

Conhecia diversos idiomas, literaturas antigas e modernas e se interessava por filologia. Seguiu para Salamanca onde morou, ate falecer aos 31 de dezembro de 1936. Em 1885, aos 21 anos, já trabalhava como professor de Latim e Psicologia, em Salamanca. No seguinte, aos 22 anos obteve a cátedra de Língua e Literatura Grega pela Universidade de Salamanca. Três anos depois, licenciou Psicologia, lógica e ética no Instituto de Bilbao. Debate em Vizccaya, com Sabino Arana e o poeta Ressurreicción Maria de Azue. Polemizou com Arana, que iniciava sua atividade nacionalista. Este o considerava um basco, porém “espanholista, porque não o considerava o bilingüismo possível.

Em 1889, aos 25 anos preparava outras oposições, viajou para Suíça, Itália e França, onde celebrava a exposição universal. Nesta época se festejava a inauguração da torre Eiffel.

Em 31 de janeiro de 1891 casou-se com Concepción Lizárraga, de quem estava enamorado desde menino. Desse casamento procederam oito filhos. Em 1894 abandona as idéias positivistas que cultivara e em 11 de outubro desde mesmo ano, ingressa no Partido Socialista Obrero Espanhol de Bilbao (POSE). Em 1897 se desencanta e abandona o partido socialista. Preocupa-se com o futuro da Espanha. Passa por crise religiosa e se dedica a questões como: a morte e o nada. Analisa o sentido da vida e seu fim, preocupações que se torna angustia vital.


Em 1900, aos 7 anos, é nomeado reitor da Universidade de Salamanca. Em 1908, com 44anos, passa as férias de verão com a família em Espinho, onde conhece Manuel Laranjeiras, prosador português que tem uma visão pessimista de Portugal. Neste mesmo ano morre sua mãe Salomé; e em Lisboa são assassinados o rei de Portugal, D. Carlos e seu filho Luiz Filipe.

Em 1911, com 47 anos, em Portugal é fundada a revista “Águia”, com a finalidade de resistir Portugal à consciência de seus valores espirituais. Teixeira de Pascoaes é uma figura celebres desta revista.

Em 1913 escreve seu ensaio intitulado: “Dos Sentimentos Trágicos da Vida”. Neste mesmo ano, Einstein formula a teoria da relatividade e Igor Strevinski compôs a Consagração. Já em 1914, aos 50 anos é destituído do Cargo de Reitor. Publica Norpheu, dará seu nome na revista que vira ser publicada no ano posterior em Portugal.

Em 1920, é eleito “Decano da Faculdade de Filosofia e Letras . É condenado a 16 anos de prisão por injurias ao rei Afonso XIII, porém a sentença não se cumpre. Em 1921 é nomeado vice-reitor, cargo o qual ocupará até 1923 na Universidade de Salamanca. No mesmo ano faz ataques ao rei da Espanha, D. Afonso XIII e ao ditador Primo Rivera, quando destituído do cargo novamente é condenado ao desterro no ano de 1924. em fevereiro deste mesmo ano, sofre exílio na Ilha de Fuerteventura, e em 19 de julho é indultado. Voluntariamente se exila em Paris, indo posteriormente para Hendaya, pais basco Frances até 1930. Nesta fase desenvolve intensa atividade criativa e continua a manifestar pelos jornais contra a ditadura. Com o fim da ditadura publica a poesia: “Teresa”; retornando assim para a Espanha.

Em 1933, com 39 anos decide não se reeleger-se. Em 1944 é nomeado reitor honorário e vitalício da Universidade de Salamanca. É implantada a cátedra com o seu nome. Em 1934 já aos 71 anos, é nomeado doutor “Honoris Causa” pela Universidade de Oxford. Com sua vida se encontra ameaçada, e os dois intelectuais são chamados a uma reunião, a qual intenção é convencê-los a apoiarem os rebeldes, declarando que representam a defesa civilização ocidental e tradição crista. No mesmo ano Azanã o destituiu do reitorado, mas no mês de setembro é novamente reconduzido ao cargo pelo general Cabanellas. Em 22 de Outubro do mesmo ano é mais uma vez destituído do cargo pelo general Franco e condenado a prisão domiciliar e em 21 de novembro escreve a Lorenzo Guisso, relatando que a Espanha vivia sobe regime do terror e que o ódio imperava, tanto que os católicos como os não católicos, lutavam entre si. Isto o entristecia muito e o deixava desesperançado quanto ao futuro de seu país.

Em 31 de dezembro de 1936, na cidade de Salamanca, morre de forma de repentina, na companhia de dois amigos, conforme dez acreditar a imprensa da época. Em seu funeral foi exaltado como herói falangista, embora não mais o fizesse parte desse movimento, fato que ficou registrado e comprovado na Festa da Razão.

Introdução

Este presente trabalho tem como tema central o amor, na perspectiva da sexualidade e da espiritualidade. Todavia nós seres humanos somos criados para sempre amar. Tal sentimento deveria ser muito simples de ser compreendido e ate mesmo de ser vivido, mas é totalmente o contrario, pois o amor exige de nós uma totalidade única.

E Unamuno nos colocara frente a um amor, que muitas às vezes nos aprisiona, nos maltrata, e que pode ate chegar nos matar. Mas para que isso venha de alguma forma ser evitado, ele nos diz sobre um amor o qual está completamente ligado ao nosso emocional. Um amor que pode curar muitas feridas abertas pelo tempo ou ate mesmo pela nossa indiciplinariedade: o amor espiritual.

Agora o que Unamuno durante todo seu escrito sobre o amor, tentará faz com que não confundamos amor com paixão,pois o amor é muito mais, é uma entrega, um envolvimento, uma doação na totalidade, ou seja, o encontro de duas almas que almejam um felicidade pura e total. Mas não deixa de afirmar que para amar é necessário se apaixonar.

Unamuno também nos mostrará que o amor é capaz de unir diversas tribos e raças através do sofrimento que se ocasionado pelo amor. Por fim amor ele possui sua característica boa e má, mas o que não se pode é abusar de tal sentimento. Pois o mesmo pode geral dor ou alegria. E como disse Lúcifer a Caim o amor só pode ser alcançado pelo sofrimento.

Amor sexualidade e espiritualidade

"O amor caros leitores, é o que há de mais trágico no mundo e na vida, o amor é filho do engano e pai do desengano, o amor é consolo e desconsolo, é a única medicina contra a morte, sendo, como é irmão dela". [Unamuno, 1913, p.127]

Assim, pois, quando primordialmente falamos de amor logo de imediato pensamos no amor sexo, no amor entre homem e mulher, que foram criados para perpetuar a espécie. E dentro dessa visão, Miguel de Unamuno apresentará diversos meios de amar os quais a maioria, nos aprisionam e nos levam ate a morte.

No entanto o que não pode esquecer é que para amar algo ou alguém devo antes de tudo me amar. Sendo assim, a partir de tal ponto podemos chegar ao senso de que muitas as brigas ocasionadas entres os casais é tomada como falta de amor, quanto na verdade é a incompreensão contida em mim, que acaba, entretanto em conflito e não me deixa compreender o outro. É como diz o filósofo Edgar Morin: “A incompreensão em si é fonte importante de incompreensão no outro” [Morin, p. 97].

Pois bem ainda dentro dessa visão de amor sexual, temos, pois, um laço que unem os seres, assim se torna um. No entanto tal ato de entrega, de geração é um deixar de ser total, ou parcial, o que se é um partir-se a uma morte. “Onde viver é dar-se, perpetuar-se, e perpetuar-se, dar-se é morrer” [Unamuno, p. 128].

Assim também, o amor de mãe uma forma de morte, onde a mesma deixa de viver sua vida, mulher, para viver intensamente para o filho, deixando de viver seu momento para viver o de seu filho. E dentro deste pensar nos recordamos de São Paulo, ao dizer: “Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”. Frente a isso podemos de alguma maneira dizer que no fundo, lá no fundo, há algo de tragicamente destrutivo no amor.

Todavia existem muitos casos, onde o amor é tomado como um prêmio, um troféu, onde o ganhador se sente no direito de fazer o que bem entender com o ganho. Agora um amor onde cada um dos amantes domados pelo egoísmo, faz de seus parceiros posse; amor esse que se torna um aprisionamento e um afundamento e morte súbita de sentimentos.

Segundo Unamuno, com a morte desse amor carnal, surge outra forma de amar, um amor que por sua vez é muito mais doloroso: o amor espiritual. Tal amor nasce pelo fato de que o homem só ama com o amor espiritual quando sofrem uma mesma dor, quando juntos aram durante algum tempo um terreno pedregoso, sendo assim presos ao mesmo julgo de um bem comum. [Unamuno, p.130]
Aqui relembramos da vida religiosa, onde só se amam quando passam por tais dificuldades em comum. Assim também os religiosos são mártires, e até mesmo santos, por que sofrem espiritualmente com o povo por uma causa comum.

Traçamos aqui duas forças fundamentais no ser humano: a sexualidade e a espiritualidade. Contudo a sexualidade pode ser uma fonte para a vida espiritual. Como sabemos o amor é aquele impulso que nos faz desejar uma união. Impulso que deseja a totalidade pelo sentido; gerando assim o desejo de fusão com o amado.

Unamuno também concorda com que o amor é uma entre laço entre o ser e alma, pois só assim o ser humano em sua fragilidade poderá chegar ao universal, ao que se é total e integro.

Roberto Assagioli, afirmará: “estamos impregnados pelas ilusões tidas por nó sobre a sexualidade”. Porém o mesmo acredita também na possibilidade de que a energia sexual possa ser transformada em espiritual, só que para isso é necessário transformá-la em emocional. Perante a tal ponto é preciso que saibamos que o emocional esta ligado aos afetos, que por vez possui expressão o primário nos sentimentos. Tal expressão do sentimento é sinal de maturidade psíquica. Mediante a isto seria os religiosos que por excelência que na sua convivência diária, poderiam expressar com maior abertura seus sentimentos, pois o amor busca a totalidade.

Entrementes “para transformar toda essa energia emocional dos sentimentos em espiritual é como disse de inicio , é indispensável a compreensão dos sentimentos e suas funções. Sendo assim um processo de conhecimento pessoal, de crecimento em intimidade consigo mesmo, onde o individuo conversar com ele mesmo, e seus sentimentos”. No entanto tal processo nos levará a um gigantesco encontro com nosso interior, criando um prazer de viver, gerando um transito de emoções e sentimentos em processos vitais. [Anselmo Gruin, 1998]. Entre outro âmbito se criará um místico amor em nós semelhante ao amor humano.

Em virtude disso Unamuno dirá que os homens de certa forma é dominado pelo amor, sendo capazes de doar suas vidas, a outras pessoas as quais amam. Assim lembram as palavras de Jesus:

“Não há maior prova de amor que doar a vida pelos irmãos”. [Jo. 15,13]

Contudo podemos afirmar que dentro dessa visão de amor, Unamuno está querendo relembrar, de uma das mais sublimes e grandiosas formas de AMAR: “Ame seu próximo como a si mesmo”. Em contra partida a isto, não podemos nos esquecer, que como todo e qualquer sentimento, também o amor possui sua essência; sendo, pois, a Compaixão a essência do amor espiritual, do amor que tem consciência de sê-lo, do amor que não é puramente animal (sexo), do amor enfim de uma forma racional; contanto que o amor ele se compadece e mais se compadece do que ama.

Todavia, porém se sabe que o amor espiritual a si mesmo, a compaixão tem para consigo mesmo, o que vai chamar Unamuno de Egotismo.

Diante a isso devo ter consideração que esse aspecto florido do amor espiritual, ela só ocorre verdadeiramente se antes compadeço de mim. Em outras palavras só serei capaz de me compadecer de alguém, e se conhecer tal miséria do outro, a partir do momento em que eu reconhecer as minhas miseras, ou seja, no momento que me assemelho ao compadecido. Como diz Unamuno:

“Só nos compadecemos, isto é, amamos o que nos é semelhante e na medida em que o é, e amamos tanto quanto mais me assemelho, assim cresce nossa compaixão, e com ela, nosso amor pelas coisas, a medida que descobrimos as semelhanças que as mesmas tem conosco”.[Unamuno]

Sendo que nos compadecemos de algo ou de alguém quando há uma harmonia entre o ser e o outro.

Por conseguinte, celebramos que este processo de compaixão, no leva a um ato de personificação, pois sabemos que o amor por natureza personaliza o que ama, o amor toma consciência da totalidade e até mesmo de sua personalidade. Entre tanto ao entrar nesta questão da personalidade, gostaria de retornara sexualidade, onde maneira nos afirmará Julían Marías: “A sexualidade é uma das formas radicais de instalação da existência humana”. Em outro âmbito a sexualidade é o dinamus que impulsiona o homem a abrir-se e sair de si mesmo. Sendo assim é na “sexualidade humana que a pessoa passa a vivenciar sua própria personalidade, sua identidade” [2].

Perante a tudo veremos o amadurecimento sexual e afetivo o qual consiste na personificação. A propósito é de muita importância que tenhamos em mentes que o amor, ele não pode ser separado, de forma alguma do querer (vontade), é que hoje se há de mais conflituoso, pois o homem insiste separar o amor da vontade.
Agora valo dizer que retornando ao amor espiritual, denotaremos que tal amor ao contrario dos demais, tem mais vigor que um amor passional. O amor espiritual esta verdadeiramente alem da consciência psicológica: qual perceberemos nos momentos que tivermos separações em outras palavras, no ato da morte,mais objetivamente na morte de quem amamos.

É nesse contexto de sofre que veremos outro lado do amor: o sofrimento; aspecto ao qual não me aterei. No entanto só gostaria de salutar que nesse período de dor e sofrimento que os homens se recordam e conhecem a Deus.

O amor é por sua vez o que existe de mais grandioso, e desafiador, pois, o amor é quem quebra as forças dos membros, quem em todos os deuses, em todos os seres humanos, domina os corações, a inteligência, a completude.

É também o amor que se agarra, se prende, ao mais intimo de nossas almas de maneira mais profunda de nossa própria inteligência, pois o amor, nos envolve, nos alucina e nos completa. O amor por sua vez serve da inteligência para que possa ir mais fundo e longínquo conhecimento da pessoa amada.

Frente a isso Unamuno dirá que para que possamos conhecer outro, devemos nos conhecer, pois o outro é reflexo do que somos e queremos.

Da mesma forma é o amor espiritual, um amor que ultrapassa todas as barreiras, que quebra, rompe o ato do condicionamento; o amor espiritual deixa claro e nítido a compreensão do condicionado. Desprendemos-nos, pois, deste ato de condicionado, o qual somos por natureza levados a fazer nossas próprias escolhas, as quais feitas livremente nos permite que tanto o amor espiritual chegue a sua alma, quanto o amor sexual encontro interior do bem amado, gerando uma entrega total. Tal entrega é que é o amor, pois, o mesmo, não espera nada,por sua vez um enlace de total delírio entre os corpos e as almas, unificadas e tornada uma.

Em virtude disso perceberemos que, existe em nós um apetite espiritual imenso pelo qual somos capazes de doar-nos inteiramente ao outro o qual escolhemos. O amor em geral implica em muitas escolhas, as quais são indubitavelmente pessoais, onde olhamos o outro como nosso único bem, onde atingimos no mais profundo de seu pessoal, sendo todo esse caminho feito graças a nossa inteligência, a que nos permite receber, aceitar o outro o que muitos filósofos clássicos assim como Platão parecia ter esquecido [3], pois o amor ele nos cativa, nos atrai. Vista disto está voltada sua essência que é atrair-nos para a dianteira, o que em oposição a ele esta o sexo, que nos impele pela retaguarda.

Por outro lado o amor ele chama amor: ele é sempre um grito que clama por um amor [3]. Quando é unicamente um impulso, assim como o sexo, ele não pode desabrochar plenamente. Porém o Eros (amor) é a ânsia que leva todo homem a dedicar-se a Arete, uma existência boa e nobre.

Em virtude de tudo quanto nos deparamos até agora, afirmamos que o amor espiritual e pessoa implicam em outro amor: o instintivo, o qual gera-nos uma indagação: quando amamos estamos sempre apaixonados? Mediante a tal pergunta diria eu que sim, pois quando amamos em uma perspectiva espiritual nos encontramos em certo estágio da paixão.

Afinal a paixão ela nos encoraja, nos revigora para que tomemos conta de nossos objetivos. Para amar é preciso antes de tudo se apaixonar. O que é necessário que a paixão seja ultrapassada, dominada, assumida pelo amor espiritual.

Por tanto o amor espiritual assume todas as nossas energias e toda nossa capacidade de amar.

Ora afirmamos assim como Unamuno, o verdadeiro amor consiste em admiração e contemplação da pessoa amada. Para finalizar não nos esqueçamos do que nos retrata Unamuno: todo e qualquer amor seja ele espiritual ou sexual, antes de qualquer coisa deve passar pelo sofrimento, e mais o amor entre poucos sentimentos,não pode de forma alguma envelhecer: pois, tal sentimento almeja o longe, e trás sempre contigo a marca do eterno.

Em outra visão do que foi nos apresentado, concluamos que o amor verdadeiro e duradouro,é o que implica sofrimento e totalidade, aquele que conhece a fundo, no mais intimo de sua alma o bem amado, sendo o mesmo capaz de enfrentar o que for para estar com o mesmo.

Ao contrario para Unamuno o amor é aquele que engloba o universo, aquele que busca uma felicidade alem do mundo sensível, um sentimento capaz de ultrapassar as barreiras humanas. Sendo o amor o sentimento mais trágico de nossas vidas, pois o homem busca na totalidade amar e ser amado, onde o mesmo se submete a imensuradas torturas para que se alcance tal sentimento. E assim termino dizendo que o amor é o que há de mais radical neste planeta, pois, o mesmo é capaz de gerar desde uma perpetua e dócil felicidade à uma destruição total.




Referências bibliográficas

1. UNAMUNO, MIGUEL DE, 1864 – 1936. No sentimento Trágico da vida, nos homens e nos povos. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

2. CONFERENCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL.
Desafios Contemporâneos à Vida Religiosa. Juiz de Fora: Publicações CRB, 2004.

3. MAY, ROLLO. Eros e repreensão: o amor e a vontade. Tradução de Áurea Brito Weissenberg. Petrópolis, vozes, 1973.

4. KASTENBUM, ROBERT, RUTH AISENBERG. Psicologia da Morte. Tradução de Adelaide Petters Lessa. Ed. Concisa. São Paulo: Pioneira: Editora da Universidade de São Paulo.

5. BECKER, ERNEST. A negação da Morte. Tradução Luiz Carlos do Nascimento Silva. Terceira edição, Rio de Janeiro: Record, 2007.

6. FURLIN, NEIVA. Novas Gerações e Vida Religiosa: memória, sexualidade e Poder. Rio de Janeiro: Publicações CRB,2006.

7. BÍBLIA SAGRADA EDIÇOES PASTORAL; Paulus: São Paulo, 1990











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