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PREFÁCIO

Ângela Zamora

Mestra em Filosofia (PUCSP). Professora da Universidade Mackenzie.



Se há dentro dos princípios da teoria axiológica, um dos que se encaixa perfeitamente para Nietzsche, é o da não-indiferença. Ler Nietzsche significa que, das duas uma – ou há repulsa ou grande paixão, certamente ambas movidas pelas duras e enormes verdades que ele revela, alguns suportam este grau de questionamento sobre o que há de estabelecido e tido como inquestionável, alguns se alegram por ouvirem aquilo que até então não tinha sido dito, aquilo que até então não tinha história e o interdito. Alguns ainda se apaixonam pelas investigações minuciosas deste ‘bicho-homem’ – animal interessante e imprevisível.

Ler Nietzsche é como mergulhar em águas muito profundas repletas de sereias e recifes. Há que se estar preparado, há que se gostar de aventura, de vento no rosto e de maremotos. Há que se ter destreza, estratégia, para não ser tragado pela beleza deste mar e pelo canto de sereia que ele emite, o leitor deve munir-se da sageza de Ulisses – para ouvir o canto das sereias, pede a tripulação para que o amarrem no mastro do navio, e aos demais para tapar seus ouvidos com cera. – assim é: alguns poderão ouvi-lo, outros, porém, para sua segurança, deverão permanecer com os ouvidos tapados. Nietzsche acaba assim por selecionar seus leitores.

Não há dúvida, que este gigante da história da filosofia, suscita vários temores. Primeiramente, porque seu nome, indevidamente foi associado ao nazismo. É preciso esclarecer que tal questão implica em considerar que, para ele, a vida tem um valor inapreciável, seria contrário à sua filosofia qualquer ideal que não respeitasse tal princípio.

Neste momento, cabe trazer à tona o contexto histórico. “Os intelectuais alemães, desde o século XVIII, influenciados pelos ideais cosmopolitas das luzes, concebiam a cultura como algo que se produz independentemente dos limites impostos pelas fronteiras territoriais das diversas nações. Os neohumanistas alemães, por volta de 1790 retomaram a perspectiva universalista, propondo a cultura e a civilização gregas como modelo mais perfeito e acabado da realização humana. Exaltavam o espírito germânico por sua identidade com o espírito grego e os ideais da Grécia Antiga. (...) Com o romantismo, temos não só um movimento literário e cultural que culminou na elevação do povo alemão.” (COSTA, 1996, p.6) neste processo, temos veiculadas as idéias de Gobineau “que pregava a desigualdade das raças e se achavam mescladas à doutrina cristã”. (MARTON, 1982 p.39), disseminadas pela revista Folha de Bayreuth. Não há como não perceber que esta tendência, posteriormente culminará na ascensão do nazismo.

Diante deste contexto, é imperioso esclarecer que Nietzsche nunca foi a favor do antisemitismo. Se há alguma relação, esta se deve à sua irmã Elizabeth, casada com o Dr. Bernhard Foster, um “notório antisemita”. (MARTON, 1982, p.106). Elizabeth e seu esposo fundaram uma colônia ariana no Paraguai. – “La Nueva Germânia” que não deu certo. Vúva, retorna do Paraguai, obtendo os direitos autorais da mãe, e Nietzsche já famoso e demasiadamente afetado pela doença é impotente para tomar qualquer decisão. Funda o Nietzsche-Archiv, com a colaboração de Peter Gast, falsificando, adulterando e mutilando vários textos. O Nietzsche-Archiv apresenta uma obra – Vontade de Poder, reunindo aforismos que foram selecionados a favor do pangermanismo e antisemitismo, como se o nazifascismo fosse uma “espécie de destino de grandeza do povo alemão, com o auxílio de um clássico da filosofia ocidental.” (GIACÓIA JR, 2000, p. 73). Elizabeth ao permitir e “incentivar a utilização da filosofia nietzschiana pelo III Reich (MARTON, 1982, p.107) será conhecida e enterrada com honrarias nacionais. O Nietzsche-Archiv foi fechado após a 2. Guerra e só houve a possibilidade de resgatar sua filosofia através das denúncias de Bataille e Klossovski a partir de 1930, na França. Eles ajudaram a desvencilhar o nome de Nietzsche da propaganda nazista.

Hoje, temos a edição crítica de Coli e Montinari que “recuperaram um considerável acervo de textos importantes que, por motivos inconfessáveis haviam sido subtraídos à publicação pelos diretores do Nietzsche-Archiv ou então publicados parcialmente.” (GIACOIA JR, 2000, p.77)

Podemos atestar esta oposição ao antisemitismo. Ele próprio várias vezes afirmou veementemente que era absolutamente contra este tipo de posicionamento. Escreve em uma carta em 1885: “No fim das contas, não é tanto o Paraguai que me dá a impressão de ter perdido a minha irmã. As opiniões de meu cunhado, pelas quais está pronto viver e a morrer, são, para mim, mais estrangeiras ainda do que o Paraguai.” (MARTON, 1982, 106). Há várias referências quanto ao seu posicionamento contra o antisemitismo, vemos em Nietzsche contra Wagner: “Foi já no verão de 1876, durante o primeiro festival, que me despedi interiormente de Wagner. Eu não tolero nada de ambíguo; depois que Wagner mudou-se para a Alemanha, ele transigiu passo a passo com tudo o que desprezo – até mesmo o antisemitismo... Era de fato o momento para dizer adeus: logo tive a prova disto.” (NIETZSCHE, p.66)

Em decorrência destas adulterações, e pelo fato de seu pensamento ser transposto sob a forma de aforismos, de modo que, cada aforismo encerra-se em si mesmo, (não há necessariamente, num mesmo livro uma ligação entre um aforismo e outro), Nietzsche foi muito mal interpretado – ter lido alguns deles não significa tê-los apreendido. Sua filosofia não é sistemática, e, portanto, é imprescindível alguns anos de dedicação para começar a compreendê-lo. Nenhuma questão lhe escapa e nenhum assunto. Ler Nietzsche é como ser interrogado por uma esfinge. Suas afirmações fazem pensar a tal ponto que o leitor se vê obrigado a reconsiderar as mais próprias e profundas convicções.

Como afirma Lebrun, Nietzsche é uma ferramenta para ler o mundo, não há como pensar sobre o homem ou a história e em especial sobre a modernidade sem ele. ”Suas análises da doença, do ressentimento, das relações entre as instâncias da psique, são de um grande psicólogo (...), o que Nietzsche chama de decadência é, para Freud, algo inerente à condição humana: a repressão sexual como exigência da cultura, da vida.” (SOUZA, 1985, 9/13)

Desfeitos os primeiros equívocos, podemos agora levantar alguns dados biobliográficos que nos ajudaram a entender como o pequeno Friedrich se tornou o grande Nietzsche.

Nascido numa pequena cidade na Saxônia, Röcken, nasce em 15 de outubro de 1844.

Nietzsche é filho e neto de pastores luteranos pelo lado paterno, assim como sua mãe. Logo depois o menino ganha uma irmã e um irmão. Este falecerá poucos anos depois. O primeiro grande impacto da vida de Nietzsche acontece muito cedo, com apenas cinco anos de idade, perde seu pai – Karl Ludwig. Segundo Daniel Halevy, não há muitos dados sobre ele, apenas que possuía “aptidões meditativas, musicais; a vida cortada pelas dores cerebrais, a alucinação mental, tudo isso compõe um rápido boscejo, um comovente esboço das provações que aguardam o filho. Friedrich Nietzsche não se descartará nunca da lembrança paterna.” (HALEVY, 1994, p.7)

Diante desta situação inusitada, sua mãe muda-se com os filhos para Naumburgo-do-Saal. Para ele, esta “era um lugar estranho, onde se acotovelavam temerariamente seres que não se conheciam, jamais se conheceriam; uma cidade sem dúvida, uma enorme cidade, um desses vícios de pedra que ele denunciará mais tarde com a violência de um profeta de Israel. Naumburgo, em seu conjunto, era o palco de uma vida trágica, diabólica, bruscamente substituída a uma vida protegida, santificada. O pequeno Friedrich experimentou um abalo que, aos dezoito anos, ainda o fará estremecer. É o que lemos numa anotação, datada de outubro de 1862: ‘É mais do que interessante, é necessário reconstituir mentalmente, tornar o passado presente aos nossos olhos, sobretudo os anos de infância. Jamais chegaremos a fazer um juízo claro acerca de nós mesmos se não considerarmos as circunstâncias da nossa educação, se não avaliarmos a influência que teve sobre nós. O meu início de vida numa tranqüila casa pastoral: a passagem de uma felicidade intensa a uma grande infelicidade; o abandono da aldeia natal; a entrada na agitação da vida urbana, tudo isso agiu sobre mim com uma tal força que torno a senti-la todos os dias. Sério, propenso a extremos; apaixonadamente sério, diria, em todas as minhas relações com os outros, na dor e na alegria, no próprio jogo...’ ” (HALEVY, 1994, p.9)

Em 1858, ingressa num colégio localizado a duas léguas de Naumburgo, o colégio Schulpforta, onde permanece até 1864, lendo Schiller, Hölderlin, Byron, Goethe e pretende seguir a carreira de músico. Sua mãe desola-se. “Desolação imediata da pobre mulher: filha e esposa de pastores, terá ela um filho artista? Assusta-se, protesta, exorta o filho, acalma-o, torna a trazê-lo de volta ou cuida reconduzi-lo à correta decisão tradicional: Friedrich não abandonará os estudos de teologia.” (HALEVY, 1994, p.19)

Depois do colégio, matricula-se na Universidade de Bonn, em 1862, em filologia e teologia. É acompanhado por Paul Deussen e seu primo, nas primeiras incursões universitárias. Tudo é novo. Ritschl, renomado professor de filologia, repara no talento de Nietzsche. “Se quer tornar-se um homem forte, domine um assunto precioso, insista em seu trabalho.” (HALEVY, 1994, p.32). No ano seguinte, Ritschl muda-se para Leipzig, como professor nomeado, e Nietzsche o acompanha. Nos próximos anos, ou seja, até 1867, dedica-se à filologia e à filosofia, escrevendo seus primeiros trabalhos.

“Certo dia, parando diante da vitrine de um livreiro, teve o olhar atraído pelo título de uma obra cuja existência não sabia e cujo autor lhe era desconhecido: tratava-se de O Mundo como Vontade e Representação de Arthur Schopenhauer” (HALEVY, 1994, p.37). Não é necessário dizer que Nietzsche incorporou durante anos a filosofia de Schopenhauer, a ponto de dizer que ele era seu pai. Ela servirá de base para o pensamento de Nietzsche, pois as suas idéias de alguma forma já haviam sido intuidas pelo jovem pensador.

Com o início da guerra franco-prussiana, Nietzsche é convocado para o serviço militar em 1867, “não tardou a reconhecer que um artilheiro é um animal bem infeliz quando tem pendores literários”. (HALEVY, 1994, p.45) Felizmente, após um acidente com o cavalo é dispensado. Recebe o título de doutor em filologia, mesmo sem defender tese, e é indicado para lecionar na Universidade da Basiléia.

Neste período, conhece Wagner e sua esposa Cosima, tornam-se amigos. Durante vários anos, Nietzsche passa o verão na casa dos Wagner. Publica o Nascimento da Tragédia, mas a receptividade foi negativa. A amizade com os Wagner perdurará até 1878, mas já em 1876, “embora sem rompimento formal, Nietzsche já consumara em seu foro íntimo, o afastamento definitivo de Wagner e de suas pretensões culturais. Em pleno curso do primeiro festival de Bayreuth, profundamente decepcionado com o que julgava ser uma deplorável mistificação, que instrumentalizava a arte (sobretudo a música) sujeitando-a ao gosto dominante do público, Nietzsche abandona Bayreuth, tendo antes pedido em casamento, de modo precipitado, uma admiradora de Wagner, de nome Mathilde Trampedach, a quem mal conhecia. Naturalmente a proposta foi recusada. “ (GIACÓIA JR, 2000, p. 85).Neste período, seu estado de saúde agrava-se: a visão piora e as cefaléias tornam-se constantes, provocando crises de vômito.

É importante ressaltar que em 1872, profere Sobre o Futuro de Nossos Estabelecimentos de Ensino, na Universidade da Basiléia, e no ano seguinte: A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos. Depois de escrever a 1. Extemporânea – David Strauss, o devoto e o escritor. Nietzsche lança Humano, Demasiado Humano, O Andarilho e sua Sombra, e Das Utilidades e dos Inconvenientes da História para a Vida (2. Extemporânea), onde não há sequer uma menção ao nome de Wagner, o que em secreta intenção, segundo Halevy, era o de afirmar sua independência. Ainda em 1873, Schopenhauer Educador (3. extemporânea) e a quarta em 1876, Richard Wagner em Bayreuth

. Como as crises aumentavam, Nietzsche que pretendia escrever uma quinta extemporânea, convidou Peter Gast.[1],assim como Paul Reé para secretariá-lo. A Universidade de Basiléia concedeu-lhe licença médica, e os três foram encontrar uma jovem senhora chamada de Malvida von Meysenburg, em Nápoles e juntaram-se ainda a Wagner em Sorrento. Dirige-se à Veneza, e imediatamente se apaixona pela cidade, onde permanecerá com Gast. Escreve Aurora em 1881, e “uma tarde, caminhando pelo bosque em direção a Silva-Plana, sentou-se junto a uma rocha, hoje dedicada à sua memória, não muito distante do lugar chamado Surléi. As águas do lago de Sils banham a base dessa projeção rochosa que, em suas proporções reduzidas, tem a majestade de um cimo, aguda como um pico. Foi ali que Nietzsche se sentiu tomado de êxtase. (...) Que tudo retorne sem cessar é a aproximação extrema do mundo do vir-a-ser com o mundo do ser: cimo da meditação. (...) Em Sils-Maria, a dois mil metros acima do mar e muito mais acima de todas as coisas humanas.” (HALEVY, 1994, p. 195). É a visão do eterno retorno.

Na seqüência, escreve a Gaia Ciência (1882). A Universidade da Basiléia, considerando seu estado físico, aposenta-o com uma modesta pensão. Em abril deste ano, visita a Sicília, depois para Roma. E lá conhece a russa Lou Andréas Salomé, apresentada pelo amigo Paul Rée, por quem se apaixonará perdidamente. Lou não era uma mulher comum, era inteligente e independente, “queria abraçar a literatura e esperava aprimorar sua formação como discípula de algum espírito brilhante. Graças à sua inteligência e personalidade, fará amigos célebres. Manterá uma relação ambígua com Nietzsche, apaixonada por Rilke, fecunda com Freud.” (MARTON, 1982, p.61). Rée, Nietzsche e Lou pretendem viver juntos em alguma grande cidade, batizaram este projeto de ‘santa trindade’. Esta relação não deu certo, posto que ambos se apaixonaram por ela, Nietzsche a pediu em casamento, por duas vezes, e foi recusado. Certamente, ela admirava o pensador, mas morou durante 5 anos com Rée, e casou-se com Friedrich Carl Andréas, mantendo uma relação fraternal. Mais tarde, se apaixonará por Rilke. Abalado, Nietzsche, pensou em suicídio por três vezes, e toma uma quantidade abusiva de narcóticos. Sem mencionar, a intervenção da família neste triângulo amoroso...

Em 1883, redige a primeira e a segunda parte de Assim Falava Zaratustra. Richard Wagner morre em Veneza, aos 69 anos. Nos próximos dois anos, continua na redação da obra. Em 1885, sua irmã casa-se com Bernhard Foerster, e viajam para o Paraguai a fim de fundarem uma colônia ariana.

Em 1886, escreve com seus próprios recursos, Para Além de Bem e Mal, e os prefácios da Origem da Tragédia, Humano, Demasiado Humano, Aurora, Gaia Ciência, assim como a 5. parte deste. Agrava-se seu estado físico, lê Dostoievski, Stendhal e Goethe. “Com Para Além de Bem e Mal, tudo se modifica. Friedrich Nietzsche é agora um outro homem, um quadragenário endurecido pelas decepções. Suas forças não diminuem. Pelo contrário, alimentadas por uma experiência cada vez maior, ganham em intensidade. (...) o leitor vê passar no metal do estilo os reflexos de um aço escurecido. O brilho subsiste: o escurecimento apenas dá mais valor a essas ‘filigranas de ouro’.” (HALEVY, 1994, p. 280).

No ano seguinte, redige O niilismo Europeu e a Genealogia da Moral – um apêndice a Para Além de Bem e Mal. Escreve a irmã em julho: “ A contradição de minha existência está em tudo o que eu, como filósofo radical necessito de modo radical – estar livre de profissão, de mulher, de filhos, de amigos, da sociedade, da pátria, da fé, estar livre quase de amor e ódio – é também o que sinto como outras tantas privações, pois felizmente sou um ser vivo, e não um aparelho de abstrações.” (SOUZA, 1995, 28)

O Caso Wagner, Crepúsculo dos Ídolos, O Anticristo, Ecce Homo, Nietzsche contra Wagner, e Ditirambos de Dionisio são escritos em 1888, um ano produtivo na vida de Nietzsche. Seu nome passa a ser difundido em outros países: Dinamarca, Suíça e França. Corresponde-se com Hypollite Taine, renomado historiador.

No início de 1889, este homem de poucos amigos, Nietzsche é encontrado por Burckhardt e Overbeck em Turim, “num quarto mobiliado, cantando, gritando sua glória, batendo no piano com o cotovelo para acompanhar seus clamores e rugidos. (...) A crise final se havia produzido na rua: Nietzsche, saindo de casa, viu um carroceiro que batia no cavalo, indignado, colocou-se entre o homem e o animal, envolvendo este com os braços, beijando-lhe as ventas, impedindo que o tocassem. Os transeuntes juntaram-se, um guarda ia intervir. Tomado de uma comoção cerebral, Nietzsche caiu no chão. O hoteleiro, que descera atraído pelo barulho, interveio. Nietzsche foi levado para seu quarto, mas atacado de um delírio que não cessará desde então.” (HALEVY, 1994, 384/5)

Escreve bilhetes aos amigos, assinando ora como O Crucificado, ora como Dionísio. “O diagnóstico é paralisia progressiva de origem sifilítica. A infecção teria ocorrido em um bordéu, quando estudante.” (SOUZA, 1995, 29). É muito provável que este estado é decorrente de uma associação: os problemas neurológicos da família paterna e a DST. A partir de 1889, Nietzsche é internado na clínica psiquiátrica de Basiléia e depois Iena.

A irmã consegue da mãe, os direitos autorais, fundando o Nietzsche-Archiv, levando consigo o irmão, que em estado de apatia, passa a não reconhecer mais os amigos com os anos, vindo a falecer em 25 de agosto de 1900.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, José Silveira – Max Scheler – O Personalismo Ético. Coleção Logos. Ed. Moderna, São Paulo, 1996.

GIACÓIA JR – Nietzsche. Publifolha, São Paulo, 2000.

HALEVY, Daniel – Nietzsche – Uma Biografia. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1994.

MARTON, S – Nietzsche. Col. Encanto Radical. Ed. Brasiliense, São Paulo, 1985

NIETZSCHE, F – ECCE HOMO. Ed. Max Limonad, São Paulo, 1995. Prefácio de Paulo César Souza.

NIETZSCHE, F – NIETZSCHE CONTRA WAGNER. Cia das Letras, São Paulo, 1999.


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Notas

1 Peter Gast é o apelido de Heinrich Koeselitz, carinhosamente dado por Nietzsche, jovem músico que, amigo, o secretariou.



APRESENTAÇÂO DE ÂNGELA ZAMORA

A coordenação do Curso de Filosofia do Mackenzie e todos os seus professores sentem-se felizes por ocasião desta edição da Revista Pandora Brasil, a Nº 15, pois seu Conteúdo é uma série de artigos escritos pela Professora Ângela Zamora, especialista na filosofia Nietzscheniana. Cuja competência, profissionalismo e dedicação à filosofia e seus alunos e colegas é imensurável.

É por isso que o Centro de Ciências e Humanidades e o Departamento de Filosofia da Universidade Presbiteriana Mackenzie sentem-se felizes e honrados com essa publicação, pois não se trata apenas de mais uma na área de filosofia, é a publicação de uma amiga, que é como consideramos a Ângela. A alegria de compartilhar com todos este feito, que é resultado de anos de trabalho e pesquisa com todas as dificuldades e intempéries do dia-a-dia, mas com a glória e o coroamento da vitória.

Apresentar a Ângela como professora, filósofa, pesquisadora e escritora, é algo meramente formal e protocolar, pois para nós é a amiga, a companheira, aquela que com muito sacrifício e muita luta soube como poucos ter a sabedoria e a paciência para mudar os rumos dos ventos e a sobrepujar as situações consideradas por muitos como intransponíveis e por isso, hoje podemos atribuir a querida professora todos àqueles adjetivos.

Atualmente Ângela Zamora é professora do Curso de Filosofia da Universidade Mackenzie e uma persistente pesquisadora da obra de Nietzsche.

Um abraço

Marcelo Martins Bueno
Doutor em Filosofia (PUC-SP)
Coordenador do Curso de Filosofia - Mackenzie
Vice-Diretor do Centro de Ciênciase Humanidades (CCH) - Mackenzie









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