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BRUMA
Como um navio perdido
afundas na bruma,
e as andorinhas te mendigam
pelas praias do silêncio.
E como um deus cego
tento reinventar-te
e não obtenho nada;
a não ser as areias
do deserto florido
de teu olhar frio e terno.
E te alço para o céu
desde meu altar ensolarado
e és toda minha
frente ao azul eterno.
Poema de Jorge Luis Gutiérrez (Chile)
Poema publicado no Livro
“Fragmentos de Ternura, Filosofia e Desterro”
São Paulo - 2006
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