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IN AETERNUM
Desde a primeira vez que te vi,
amada minha,
Tu és a musa de meus versos,
És um pouco de céu pela terra,
És mulher sedutora, doce, encantadora,
tu és meu fim e meu começo.
E tenho vontade de ter muito mais vida...
só quero que exista eternidade
para poder amar-te eternamente;
E para que sejas em mim infinitamente.
me agradaria poder ser infinito...
E se há depois uma outra vida...
quisesse reencontrar-te
para amar-te novamente;
e se não posso ter-te nessa esfera
só quero receber a suave graça
de poder lembrar-te simplesmente.
E se na outra beira não há passado
E não tenho mais memória de teu ser;
Te amarei mesmo sem lembrar-te
E in aeternum pulsará o tempo ido
E nessa latência amorosa do ontem
declinarei em ti e me sentirei feliz.
E se não há um além e a morte é tudo,
basta-me a diáfana beleza de teu corpo,
o pão e o vinho desta terra generosa,
a ternura de teu abraço,
e a luz cálida de teus olhos e do sol.
Poema de Jorge Luis Gutiérrez (Chile)
Poema publicado no Livro
“Fragmentos de Ternura, Filosofia e Desterro”
São Paulo - 2006
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