APRESENTAÇÂO
Apresentar e discutir a modernidade como um fenômeno complexo: eis o objetivo deste número da Revista Pandora Brasil. Complexidade que não pode ser entendida como complicação, juízo que depende de valor, mas como imbricação de muitos fios que tecem o real. Multifacetada, a modernidade demanda abertura e diálogo entre as disciplinas para sua compreensão.
Os artigos e ensaios que o leitor encontrará nesta edição procuram construir caminhos teóricos e metodológicos que analisem a modernidade – o que não impede até mesmo a ideia problematizadora de que o seu projeto já foi superado e que a humanidade contemporânea esteja em plena pós-modernidade. Ainda que pareça óbvio, é bom explicitar que os autores que assinam os textos, responsáveis por sua forma e conteúdo, não são unânimes: suas hipóteses se fundamentam em referenciais que se localizam na modernidade ou na pós-modernidade, passando por aqueles que sustentam uma modernidade em crise (tardia, madura, avançada, líquida). O nome varia: importa colocar a modernidade em questão!
Aqui interessam mais as perguntas do que as respostas, as aberturas mais do que os fechamentos, o diálogo mais do que o hermetismo. Se a intenção é chegar a lugares conceituais novos, as trilhas precisam ser originais, sempre em diálogo com os desbravadores do passado e do presente. A caminhada é coletiva.
No contexto dos desafios lançados pela modernidade ao sujeito e à sociedade, esta revista debate temas como ciência, bioética, saúde, morte, trabalho, educação, psicanálise. São produções teóricas e estudos de caso de pesquisadores, especialistas em sua área de formação e atuação, que nunca perderam a dimensão e a importância do todo em suas múltiplas relações com as partes.
Breno Martins Campos
Coordenador Revista Pandora Brasil Nº 18
breno.campos@mackenzie.br
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